A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) diz não existir qualquer processo contra o antigo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior.
A decisão do Tribunal Constitucional de anular o congresso da UNITA divide os juristas angolanos com alguns a considerarem isso como um exemplo do desacreditar do sistema jurídico angolano, mas outros culpando a UNITA e o próprio Adalberto Costa Júnior pelo erro cometido na sua candidatura.
Adalberto Costa Júnior afirma ao PÚBLICO que se ri da acusação sem fundamento, “com pena” do “triste espectáculo que João Lourenço está a servir ao país”. Para o destituído líder da UNITA, “é óbvio que isto tem a mão do senhor Miala, o chefe dos serviços de inteligência”.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Luanda, em defesa do Estado democrático, gritando “fora” ao MPLA, partido no poder desde a independência de Angola, há quase meio século, e defendendo o líder da UNITA deposto, Adalberto da Costa Júnior.
A deputada da UNITA (maior partido da oposição angolana) Arlete Chimbinda disse hoje que a discurso sobre o Estado da Nação proferido pelo Presidente da República, João Lourenço, ficou aquém das expectativas, criticando a exclusão da lei eleitoral.
O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse opor-se a que haja um só candidato à liderança do partido no próximo congresso que vai escolher um novo presidente depois da anulação do seu anterior conclave pelo Tribunal Constitucional (TC).
O politólogo angolano Lutina Santos considerou hoje importante que a UNITA, maior força da oposição, reforce a sua coesão, comentando o facto de terem sido militantes do partido que requereram a impugnação do XIII congresso ordinário realizado em 2019.
O ambiente político em Angola, está a ser qualificado por alguns analistas, como sendo de profunda crispação política e a popularidade do Presidente da República e do seu partido é vista na perspectiva de pleno declínio.
O secretário nacional para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria da UNITA, Abílio Kamalata Numa, manifestou, este sábado, no Huambo, a aposta do partido e na Frente Patriótica Unida na vitória eleitoral em 2022.
O ex-líder da UNITA Isaías Samakuva regressa à liderança do partido opositor em Angola, após a decisão do Tribunal Constitucional angolano que anulou o congresso que elegeu o até agora presidente, Adalberto da Costa Júnior.