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Mais de 60 empresas interessadas em investir no setor da refinação de petróleos em Angola

01 February, 2018
Mais de 60 empresas interessadas em investir no setor da refinação de petróleos em Angola

A comissão de análise às propostas técnicas, económicas e financeiras para a construção de refinarias em Angola já recebeu até à presente data 63 projetos e têm o prazo até dia 10 de fevereiro para apresentar melhorias.

Em comunicado distribuído hoje à imprensa, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) informou que o grupo criado pelo Presidente angolano, João Lourenço, para analisar as propostas esteve reunido, quarta-feira, com o representante de empresas nacionais e estrangeiras interessadas em investir no setor da refinação.

O encontro, que teve como objetivo definir o alinhamento e apresentação do conjunto de procedimentos a serem observados, por parte das empresas interessadas, serviu ainda para as informar que, entre outros aspetos, devem até 10 de fevereiro, "evidenciar comprovada capacidade técnico-operacional, experiência no setor da refinação e capacidade e idoneidade financeira".

A nota lembra que a orientação do chefe de Estado angolano, que levou ao lançamento do concurso para a construção de refinarias na província de Cabinda e município do Lobito, província de Benguela, teve em consideração o baixo nível de produção de refinação atual, pela Refinaria de Luanda, situado em apenas 20% das necessidades do mercado.

Além dos altos custos para o país com a importação de 80% dos refinados de petróleo e a existência de iniciativas, já em fase de alta conversão no Lobito, até 2022, com a capacidade de processar até 200 mil barris de petróleo diário e outra em Cabinda, com capacidade por definir, mediante estudos.

Recorda ainda que a Sonangol já tem assinado um acordo com a petrolífera italiana ENI, para a otimização da Refinaria de Luanda, no prazo de 24 meses, que lhe permitirá um processamento de crude superior à sua atual capacidade nominal de 65 mil barris/dia.

De acordo com o comunicado, estas realizações visam tornar Angola autossuficiente em matéria de produção de refinados, estancar a exportação de divisas com a importação destes produtos, agregar valor às ramas angolanas, criar condições para o desenvolvimento da indústria petroquímica, com potencial de se tornar âncora para o desenvolvimento de um vasto leque da atividade industrial nacional, arrecadar divisas e promover o conteúdo local em matérias-primas e geração de emprego.

O encontro reuniu o secretário de Estado dos Petróleo, Paulino Jerónimo, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, o diretor nacional dos Petróleos, Amadeu Azevedo, membros executivos e não executivos do conselho de administração e mais de centena e meia de representantes de empresas interessadas.

Last modified on Thursday, 01 February 2018 18:47
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