Segundo o ministro, há uma diferença substancial entre a anterior e a actual política, no sentido de que antes “os contratos eram feitos somente com os clientes preferenciais, ou seja, havia um grupo restrito de empresas que compravam toda a produção”.

“Neste momento, nós teremos um leque maior de empresas a comprar a produção, mas acima de tudo, as empresas produtoras terão a possibilidade de elas próprias venderem a produção, através do órgão público de comercialização”, referiu.

O governante angolano sublinhou que “essa política incentiva mais investimentos na produção e permite também que interessados possam vir investir na lapidação” em Angola.

Segundo o governante angolano, haverá também possibilidades de leilões para "pedras especiais".

"Portanto, há uma diferença substancial relativamente à política anterior”, salientou.

Diamantino de Azevedo acrescentou que uma vez aprovada a nova política para o sector, faltam agora os procedimentos administrativos e depois a elaboração de um regulamento técnico, para se dar início paulatinamente à aplicação das novas directivas, tendo em conta que existem ainda contratos que vêm da regulamentação anterior.

O titular da pasta dos Recursos Minerais e Petróleos referiu ainda que a Sodiam continua a ser o órgão público de comercialização, que regula a interacção entre as empresas produtoras e compradoras, no sentido de que as autoridades tenham um controlo de como se procede a venda e se cumprem as normas e os preceitos do processo de Kimberley.

“A Sodiam não é a compradora, esta é que é a diferença com a política anterior, a Sodiam é um órgão regulador, entre vendedores e compradores, e ela tem exclusividade na compra dos diamantes provenientes da mineração artesanal”, sublinhou.