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UNITA diz que independência política de Angola só será plena com libertação social e económica

Post by: 10 November, 2025
UNITA diz que independência política de Angola só será plena com libertação social e económica

A UNITA afirmou hoje que a independência política de Angola “só será plena quando for acompanhada da libertação social e económica”, numa declaração alusiva ao 50.º aniversário da independência nacional.

O principal partido da oposição saúda o povo angolano como “verdadeiro protagonista da luta pela libertação nacional e detentor exclusivo da soberania nacional, conquistada a 11 de novembro de 1975, com o derrube do regime opressor e colonialista português” e declara orgulho em ter participado “decisivamente, da gesta heroica construtora das nobres conquistas do povo angolano”.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) sublinha, no entanto, que a independência só acontecerá “quando cada angolano puder viver com dignidade, participar livremente na construção do seu destino e ver reconhecido o seu contributo para a edificação da nação”.

O partido fundado por Jonas Savimbi manifesta “profunda preocupação” com “os altos níveis de exclusão social, económica, política e cultural”, que “marginalizam grande parte da população” e denuncia “a ausência de uma verdadeira reconciliação nacional” em torno de “uma memória compartilhada e um próspero destino comum”.

A formação política critica igualmente a falta de um reconhecimento genuíno e equitativo dos verdadeiros “Pais da Independência” de Angola — Holden Roberto (fundador da FNLA) e Jonas Savimbi — no mesmo patamar que António Agostinho Neto, enquanto signatários do Acordo do Alvor, considerando que foi graças a esta lideranças que o país se libertou “do jugo colonial”.

“A UNITA considera que a história de Angola deve ser contada na íntegra e com verdade. O processo de libertação nacional foi uma epopeia histórica, construída por vários movimentos, líderes e milhares de combatentes anónimos.

Negar esse legado plural é perpetuar a divisão e a injustiça histórica”, lê-se na declaração. O partido exorta “todos os angolanos, sem distinção, a olhar para o futuro com sentido de responsabilidade e comprometimento patriótico”, apelando à reconciliação do país com a sua própria história e à colocação “do cidadão no centro das políticas públicas”.

Na conclusão da declaração, a UNITA augura que os 50 anos de independência “sirvam não apenas para comemorar a glória do passado, mas, sobretudo, para renovar a esperança num futuro melhor”.

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