Em causa está uma providência cautelar não especificada, submetida por militantes do PHA ao Tribunal Constitucional, para que a Assembleia Nacional se abstenha de dar posse ao membro designado por este partido com representação parlamentar para a CNE.
Segundo o presidente da Assembleia Nacional, Adão de Almeida, face ao efeito suspensivo da providência cautelar, a proposta de retirada deste ponto foi submetida à votação, tendo obtido 164 votos a favor, dois contra da representação do PHA e nenhum contra.
O partido liderado por Florbela Malaquias, que elegeu dois deputados nas últimas eleições gerais de Angola, em 2022, tem atravessado alguma tensão interna, que originou em agosto passado a destituição da sua presidente numa deliberação da comissão política do PHA, por alegada gestão danosa, violação dos estatutos e apropriação de bens desta organização política.
Na altura, em declarações à Lusa, Florbela Malaquias considerou que a decisão constituía uma “manipulação de descontentes que querem à força assumir a presidência do partido” quando está a ser preparada a convenção nacional.
“Estamos num tempo em que as ‘fake news’ quase que regem o mundo e a sociedade e, então, é isso a que estamos a assistir.
Só se pode falar em gestão danosa com provas concretas, eles não estão dentro do partido, não têm a palavra sobre a gestão”, argumentou ainda a líder política.