O ministro do Interior, Manuel Homem, garantiu esta quarta-feira, em Luanda, que a segurança pública no país não sofrerá alterações que inviabilizem a vida social das pessoas.
O Tribunal da Comarca de Luanda iniciou, esta quarta-feira, o julgamento dos cidadãos supostamente implicados nos actos de vandalismo que se verificam na capital angolana, na sequência da greve dos taxistas.
O ativista Luaty Beirão disse hoje que a “má governação e prepotência” das autoridades angolanas originaram os tumultos registados em Luanda, considerando que o Governo conduziu o país para um estado de insustentabilidade e "ignorou o desgaste popular".
O investigador Fernando Jorge Cardoso defende que “o aparelho repressivo angolano é suficientemente sólido para conter as manifestações” em Luanda e que o principal desafio para João Lourenço são as eleições de 2026.
Vidros partidos, armários destruídos, salas vazias. É tudo o que resta do hotel que António Bumba construiu nas últimas duas décadas e que foi destruído nos tumultos em Luanda, deixando a si e aos seus funcionários apenas um monte de escombros.
Empresas de comércio e distribuição alimentar angolanas consideraram hoje um “desastre” os protestos seguidos de pilhagens em estabelecimentos comerciais, sobretudo em Luanda, salientando que os custos para a recuperação e os prejuízos ainda estão por avaliar.
O ativista e jornalista angolano Rafael Marques critica o Presidente de Angola, João Lourenço, por ainda não ter dado explicações ao país sobre a "crise de segurança pública" em Luanda e responsabiliza-o pela situação que se vive no país.
O balanço provisório das autoridades angolanas aponta para 22 mortos, 197 feridos e 1.214 detenções, nos dois dias de tumultos registados na província de Luanda, durante uma paralisação de taxistas, avançou o Governo angolano.
A violência vivida em Luanda na segunda-feira com barricadas nas estradas e pilhagens é um sintoma da insatisfação dos angolanos face ao aumento do custo de vida e à falta de futuro dos jovens angolanos, com a população a revoltar-se face à indiferença dos dirigentes políticos.
A Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) instou hoje os cidadãos lesados em Luanda a avançarem com uma queixa contra o Estado angolano por não garantir a segurança dos seus bens, vandalizados na sequência da greve dos taxistas.