Quatro anos após a queda do preço do barril de petróleo, período durante o qual a empresa aplicou os seus esforços na optimização das suas operações, na redução de despesas em todas as áreas de actividade (incluindo uma redução significativa de colaboradores expatriados e contratados externos), a petrolífera diz que o contexto actual de forte redução das suas actividades torna necessária esta reorganização.
Neste âmbito, de acordo com uma nota de imprensa chegada hoje à Angop, um processo de separação será proposto aos referidos colaboradores, que inclui um pacote de indemnizações que reflectem as melhores práticas da indústria e acima do exigido por Lei.
A direcção geral garante que foi levado a cabo um processo de reorganização rigoroso e estruturado, que deu prioridade aos colaboradores nacionais na nova organização.
“Face à redução de actividade que estamos a verificar, a revisão organizacional resultará numa estrutura mais eficiente e com a Angolanização reforçada nomeadamente com um incremento de quadros angolanos em cargos de chefia”, disse o director-geral da Total, Laurent Maurel.
O responsável acrescenta ainda que o processo foi devidamente partilhado com as autoridades, os parceiros e os delegados dos trabalhadores, para assegurar um alinhamento com as melhores práticas da indústria.
Para apoiar os colaboradores incluídos no processo de separação durante o período de transição sempre delicado, a empresa assegura a manutenção dos benefícios de Saúde durante um ano e a execução de um programa de reintegração no mercado laboral e empreendedorismo para os colaboradores interessados.
“Esperamos que com este conjunto de condições e o apoio à reintegração na vida activa, os colaboradores possam rapidamente encontrar outros desafios pessoais e profissionais, tendo em conta também a experiência e formação adquiridas na empresa”, concluiu o representante da Total E&P Angola.
Em Angola, dos mil e 700 trabalhadores nacionais e estrangeiros, 79 porcento são angolanos, ou seja mil e 343.
A Total opera o Bloco 17, com uma participação de 40%, ao lado da Statoil (23,33%), Esso Exploration Angola Block 17 Ltd (20%) e da BP Exploration Angola Ltd (16,67%).
O Grupo opera no referido Bloco com quatro FPSOs nas principais zonas de produção: Girassol, Dália, Pazflor e CLOV. A petrolífera opera, igualmente, no Bloco 32, no offshore profundo, onde detém uma participação de 30%.
A Total é um produtor e fornecedor global de energia integrada, uma das principais empresas internacionais de petróleo e gás, e um importante player em energia solar com a SunPower e a Total Solar.
A Total diz estar focada em garantir que as suas operações em mais de 130 países em todo o mundo.