Segundo o porta-voz da operação, comissário António Bernardo, a operação que decorre atualmente nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Bié, Cuando Cubango, Malanje e Uíje, estender-se-á, em breve, às do Moxico, Zaire, Bengo e Luanda, prevendo-se que possa chegar a todo o país se os resultados forem satisfatórios.

António Bernardo indicou que a operação irá "continuar com a mesma grande intensidade" nas sete províncias onde já está em curso e que já permitiu repatriar mais de 400 mil imigrantes ilegais, a apreensão de um milhão de dólares, mais de 17 mil quilates de diamantes, 1.800 outras pedras preciosas e 51 armas de fogo, bem como o encerramento de quase 300 casas de compra e venda de diamantes e mais de 90 cooperativas garimpeiras.

A extensão das operações às províncias do Moxico, Zaire, Bengo e Luanda deve-se, explicou, ao facto de registarem uma "intensa presença de cidadãos estrangeiros em situação irregular", o que "está a dificultar a economia" do país.

A medida vai surgir ao mesmo tempo que a "Operação Resgate", destinada a dar continuidade ao combate à imigração ilegal, mas também à crescente criminalidade e a outros comportamentos na Função Pública angolana, como na administração, nas forças de segurança.

A nova operação, que será apresentada oficialmente terça-feira, visa sobretudo o resgate da ética e postura administrativas, uma vez que o objetivo final é repor a autoridade do Estado em todo o país, pelo que será "repressiva, mas pedagógica".

A operação, que não tem fim definido, visará a venda desordenada, a ambulante não organizada, as travessias fora das pedonais, a venda ilegal de aparelhos de comunicação nas ruas ou mercados e reparação desses equipamentos fora dos locais indicados, entre outros objetivos.