O caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro, conforme avançado o Observador.
Apesar disso, a Polícia Judiciária (PJ) afirma não ter em curso qualquer investigação criminal, alegando falta de indícios de crime. Esta posição contrasta com o relato da família da jovem, que aponta vários sinais suspeitos e pede esclarecimentos urgentes.
Segundo testemunhos prestados à SIC, Maria Luemba foi encontrada pelo seu irmão de 6 anos, com uma corda ao pescoço, mãos atadas e sangue no corpo. A família recusa a hipótese de suicídio e aponta suspeitas sobre um vizinho, que alegadamente terá feito ameaças de morte, insultos racistas e até vandalizado o restaurante da mãe da vítima.
A avó da jovem afirmou à mesma fonte que, quando o irmão entrou em casa, a porta estava aberta. A família denuncia ainda que não foi ouvida pelas autoridades e exige a realização de uma segunda autópsia.
O consulado de Angola no Porto está a acompanhar de perto o caso, de acordo com a agência Angop, que também dá conta da crescente indignação da comunidade angolana e de vários grupos de apoio.
Nas redes sociais, foi convocada uma manifestação para este sábado, 29 de Junho, às 15h, entre o Rossio e a Praça do Comércio, em Lisboa, com o mote “Justiça para Maria Luemba”. Também foi lançada uma petição pública que conta já com mais de sete mil assinaturas e em que se pede uma “uma investigação célere, independente e transparente” do caso e “apoio psicológico, legal e financeiro à família da vítima”.
Até ao momento, o funeral de Maria Luemba ainda não foi realizado.