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Organização angolana contra exigência de formação superior em teologia para lideres regiliosos

Post by: 26 August, 2025
Organização angolana contra exigência de formação superior em teologia para lideres regiliosos

O presidente da Ação para a Luta Contra a Pobreza em Angola (ALCOPA) manifestou-se hoje contra a proposta de lei que exige formação superior em teologia para líderes religiosos, defendendo apenas como obrigatório “uma boa formação teológica pastoral”.

Alberto Lunama, que falava à imprensa no final de uma audiência concedida pelo 3.º vice-presidente da Assembleia Nacional, Raul Lima, disse que questionou esta exigência que consta da proposta de alteração da Lei sobre a Liberdade de Religião e de Culto, lançada à consulta pública pelo Governo angolano.

Esta proposta, considera Alberto Lunama, não está em conformidade com a bíblia, questionando ao 3.º vice-presidente da Assembleia Nacional se “todos os ministros, governadores, generais, têm uma licenciatura” para exercerem as suas funções.

“O mais importante é o pastor ter uma boa formação teológica, para que haja moral, civismo e a deontologia pastoral”, afirmou.

O Governo realça que a alteração visa ajustar o diploma em vigor, de 2019, “à realidade dinâmica” do tecido social angolano, disse o ministro da Cultura angolano, Filipe Zau, em abril passado na apresentação pública desta proposta de lei.

O enquadramento desta proposta aponta a necessidade de se ajustar “artigos específicos, que se mostram insuficientes ou problemáticos à luz de novas realidades e desafios, bem como adaptar os artigos para refletir as práticas atuais e melhorar a aplicação das normas relativas à liberdade religiosa e ao funcionamento das confissões religiosas.

O responsável da ALCOPA, organização parceira social do Estado angolano, disse que foi também tema de análise a situação social do povo, uma preocupação da sociedade angolana, aproveitando a ocasião para abordar os acontecimentos ocorridos no final de julho passado.

“Apresentamos a nossa observação do que aconteceu nos dias 28, 29 e 30 do mês passado. Notámos que havia dois pontos na nossa observação, o primeiro, que a situação triste aconteceu, porque o povo tem fome, e o segundo, que havia inimigo do povo que queria se aproveitar daquela situação”, sublinhou.

No final de julho, algumas províncias angolanas registaram tumultos na sequência de uma greve de taxistas, como protesto à subida dos preços dos combustíveis e das tarifas de transportes públicos, que ficou marcada por atos de pilhagem, destruição e violência, com um saldo de 30 mortos, mais de duas centenas de feridos e mais de 1.500 detenções, segundo dados da Polícia Nacional de Angola.

Alberto Lunama frisou a importância de se conservar a paz alcançada pelos angolanos, considerando a maior vitória dos angolanos.

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