Aliás, para Angola, agora com o Corredor do Lobito, os portos do Namibe e de Luanda, isso transmite-nos uma potencialidade a nível da região. E nós ratificámos documentos que, no fundo, abrem aqui as nossas portas para os nossos parceiros, para os outros países e estamos preparados para a Zona de Comércio Livre da SADC”, afirmou hoje o presidente da CDOA, José Manuel Pacheco.
Em declarações à Lusa, à margem da abertura oficial do “Angola Hub Transporte e Logística Summit 2025”, que decorre até domingo em Luanda, o responsável considerou a cimeira como ocasião especial para a câmara reafirmar o seu trabalho e contribuição para a economia nacional.
José Manuel Pacheco apontou a integração dos despachantes angolanos no continente e no mundo como um dos desafios da organização, que congrega mais de 400 membros inscritos, referindo que internamente estes profissionais operam em estreita parceria com a Administração Geral Tributária (AGT).
“Estamos em todo o país, em todas as áreas onde se encontra a AGT, tudo o que entra no país a nível da importação e tudo o que sai passa por nós. Portanto, estamos a falar numa amplitude muito grande”, disse, referindo, sem entrar em detalhes, que a CDOA tem uma “ação ativa” no processo de arrecadação de receitas do país.
“Dizer os números aqui seria dizer quase todo o número [volume de receitas] que o país arrecada na importação e exportação de mercadorias”, realçou, afirmando que o organismo participa diretamente no desenvolvimento de Angola.
Quanto aos eixos do “Angola Hub Transporte e Logística Summit 2025”, que junta em Luanda governantes, empresários, académicos investidores ligados à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa), o presidente da CDOA considerou que o espaço contribui também para a afirmação e divulgação da figura do despachante.
“Onde há logística, haverá sempre despachante oficial. A logística faz parte da mercadoria, faz parte do transporte, faz parte do leque de todo o setor do comércio.
E onde há necessariamente o comércio deverá haver também essa representação dos profissionais a nível nacional”, concluiu o dirigente. O evento, organizado pelo Governo de Angola, congrega mais de 100 empresas angolanas e internacionais, 24 'startups' da região e recorre sob o lema “Conectando Oportunidades, Gerando Valor Global”
