O investigador Gerhard Seibert, do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE, considera, em entrevista à agência Lusa, que o risco de explosão social nalgumas das ex-colónias portuguesas em África é real e representa um "barril de pólvora".
Ativistas angolanos organizaram hoje uma manifestação em Genebra, Suíça, diante das Nações Unidas, para denunciar o que classificam como um regime ditatorial em Angola, mas a concentração em defesa dos direitos humanos contou com pouca adesão da diáspora.
Um grupo de ativistas anunciou hoje a realização de uma manifestação no sábado, em Luanda, para protestar contra o elevado custo de vida, a fome, pobreza, desemprego e exigir a construção de balneários público na capital angolana.
Em Angola “não existem detenções arbitrárias contra manifestantes” e “nenhum cidadão é punido ou detido por se manifestar”. A garantia foi dada pelo ministro da Justiça, Marcy Lopes, ouvido esta quinta-feira, 23 de Janeiro, no Grupo de Trabalho do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.
A Human Rights Watch (HRW) acusou hoje o Presidente angolano de assinar leis que não cumprem as normas internacionais de direitos humanos e que irão restringir severamente liberdades dos meios de comunicação social, de expressão e associação.
Dezasseis ativistas angolanos que foram hoje detidos pela polícia quando se preparavam para um protesto contra a lei dos crimes de vandalismo foram libertados, "sem nenhum esclarecimento", segundo o Bloco Democrático (partido da oposição angolana).
A polícia angolana travou hoje um protesto contra as leis de vandalismo e segurança social que acabou com a detenção de vários ativistas e intimidação de jornalistas, observou a Lusa no local.
Ativistas angolanos disseram hoje que estão a receber ameaças por convocarem uma manifestação contra as leis de vandalismo e de segurança nacional, aprovadas recentemente pelo parlamento, considerando que estas contêm “normas ambíguas que limitam as liberdades”.
Uma contraproposta do grupo parlamentar da UNITA, maior partido da oposição angolana, para incluir no seu projeto de lei sobre manifestações e reuniões deveres para os agentes de segurança fez parar as discussões no parlamento.
Angola lamenta a posição de algumas organizações internacionais que procuram pintar um “quadro negro” sobre violações dos direitos humanos no país. Ainda assim, Luanda considera as denúncias bem-vindas desde que sejam usadas as vias adequadas.