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Governo de Luanda promete solução para protestos dos enfermeiros com nova legislação

Post by: 04 Dezembro, 2017
Governo de Luanda promete solução para protestos dos enfermeiros com nova legislação

O governo provincial de Luanda garante que algumas das preocupações dos enfermeiros, em protesto desde quinta-feira, deverão ser equacionadas num pacote legislativo que deve incluir também outros profissionais do setor da Saúde.

A posição foi assumida hoje pela diretora provincial de Saúde em Luanda, Rosa Bessa, após participar numa reunião conjunta entre o governo provincial e os enfermeiros da capital, que decidiram manter a suspensão de consultas e prescrição de receitas nos centros de saúde e hospitais públicos.

"Foram apresentadas as preocupações e nós vamos levar a consideração do Governo, mas foi um bom encontro (...) vamos trabalhar nas suas preocupações e algumas estão ao alcance do governo", disse a responsável.

"Não podemos ver a questão só a nível de Luanda, com certeza foi já garantido que será visto num pacote legislativo incluindo todas as classes da saúde. Estamos a trabalhar, dentro do nosso programa também faz parte a questão das carreiras de enfermagem", adiantou.

Os enfermeiros de Luanda decidiram hoje manter a suspensão de consultas e prescrição de receita médica nos centros e hospitais públicos, protesto que teve início quinta-feira, reivindicando pagamento de subsídios e retroativos, denunciando ainda ameaças, não descartando uma greve.

"Vamos continuar a cumprir o Decreto 254/2010 até que no mesmo venha acrescida uma adenda que venha dirimir algum conflito naquilo que são os direitos e deveres dos profissionais de enfermagem", disse, no final do encontro, o secretário-geral adjunto do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, António Kileba.

De acordo com o sindicalista, alguns profissionais da classe estão a ser "coagidos pelos gestores dos hospitais e centros de saúde a retomar os trabalhos que são da competência dos médicos".

Caso a situação persista, referiu, será agendada uma greve no setor.

"Tem que haver calma, estamos num processo negocial, tanto das direções quanto os nossos profissionais têm de estar calmos, vamos nos entender, mas tudo na calma, porque no fundo o que queremos é ver o problema resolvido", alertou, por seu turno, Rosa Bessa.

Pagamento de retroativos, de subsídios de consulta e promoção nas carreiras fazem parte do caderno reivindicativo remetido em 2012 ao governo provincial, mas "sem soluções à vista" e que motivou a suspensão de consultas e prescrição de receitas por parte dos enfermeiros de Luanda.

Só o sindicato de Luanda conta com 5.000 enfermeiros associados.

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