O vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, denuncia o ataque que acredita ter sido levado a cabo por militantes do MPLA, no poder, e apela ao fim deste tipo de terrorismo praticado no país.

"Infelizmente não é o primeiro e tenho receio que não seja o último. Estamos a lidar com um adversário que se apegou ao poder. Neste momento, vê que lhe fugiram todas as possibilidades para continuar a manter o poder e lança mão a qualquer coisa, o que é mau", descreve Raúl Danda.

Para o partido da oposição, "a intervenção foge às autoridades provinciais do próprio governo provincial do Kunado Kubango. O que aconteceu foi que pessoas bem identificadas da UNITA, no desempenho das suas actividades partidárias, foram atacadas quando se movimentam para poder explicar às populações as suas candidaturas".

Num momento em que as dúvidas sobre estado de saúde do Presidente angolano persistem e levam agora o maior partido da oposição, a UNITA, a pedir um esclarecimento oficial ao governo.

Em causa está uma deslocação de José Eduardo dos Santos a Barcelona no início do mês. O vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, aponta o secretismo em torno do estado de saúde do Presidente como mote para surgirem rumores.

"O Presidente da República é uma pessoa pública. É Presidente de todos os angolanos e há obrigatoriedade de que todos os angolanos saibam como está o seu Presidente. Os que mandam no país pensam que o Presidente da República não fica doente, não é um ser humano como qualquer outro", descreve Raúl Danda.

O secretismo que se mantém em torno do estado de saúde de José Eduardo dos Santos tem levantado inúmeros rumores, nomeadamente, que o Presidente angolano teria falecido. Sobre estes rumores, o vice-presidente do maior partido da oposição afirma que não comunicar aos angolanos o estado de saúde do Presidente "leva à criação de especulações".