Durante a sua permanência de 72 horas em Menongue, Simão Nzau visitou algumas serrações e áreas de corte de madeira e mostrou-se deprimido com o que viu. Furioso com o grau de devastação das florestas, o responsável sublinhou que o cenário triste que constatou no terreno, permite-lhe levar à consideração do ministro da Agricultura e Florestas recomendações, para a tomada de medida.
“Nós visitamos alguns estaleiros, serrações e algumas zonas de exploração de madeira e o que acabamos de ver é um atentado contra a natureza, porque muitos madeireiros não obedeceram os pressupostos da Lei n.º 6/17, de 24 de Janeiro (Lei de Base de Florestas e Fauna Selvagem), e cortaram todo o tipo de árvores que encontravam pelo caminho, quando os contractos indicam exactamente o diâmetro e a espécie de árvores que se deve cortar” disse.
Simão Nzau realçou que durante a época florestal 2017 constatou-se que alguns madeireiros cortaram árvores com menos de 60 centímetros de diâmetro, ou seja, árvores jovens e em fase de crescimento, uma atitude a todos os títulos deplorável, uma vez que esse tipo de comportamento causa desequilíbrios ambientais, sendo o mais notável a erosão de solos e as alterações climáticas atípicas.