"Eu tenho confiança porque trabalhei, tenho confiança porque conversei, porque palmilhei o pais", declarou aos jornalistas logo após a abertura do congresso, que decorre até domingo no Sovsmo, em Viana, arredores de Luanda.

O candidato afirmou que a campanha interna foi "muito interessante", porque lhe permitiu "sentir e avaliar como as coisas andam", destacando particularmente o contacto com a juventude.

"Não só a juventude da UNITA, mas a juventude em geral, que precisa de uma liderança diferente, mais jovem, que responda cabalmente aos seus desafios e anseios", frisou.

Rafael Massanga Savimbi salientou que esta é a primeira vez que um militante e quadro do partido com menos de 50 anos assume a responsabilidade de apresentar uma candidatura para liderar a UNITA.

"Angola é hoje constituida essencialmente por jovens, e os jovens querem soluções concretas, solidas. Precisam de outro jovem para responder aos seus problemas, porque os conhece bem", afirmou.

O politico e filho de Jonas Savimbi, fundador da UNITA, sublinhou que optou por uma campanha "sem ataques", por acreditar que "a politica deve ser feita com ética", afirmando que foram ditas "muitas coisas que não correspondem à verdade".

"Estou aqui firme a reafirmar o meu compromisso de trabalhar para que a UNITA realize este congresso num clima de paz e concórdia, e se posicione para, em 2027, assumir o poder politico", disse.

O candidato considerou que, de forma geral, a campanha "correu bem" e realçou: "Eu não vim para este congresso porque alguém me mandou. Estou aqui por convicção própria".

Rafael Massanga Savimbi rejeitou também alegações sobre alegado financiamento à sua candidatura.

"Todos ouviram dizer que eu tinha recebido dinheiro, e ontem tivemos um debate entre os candidatos e não houve prova nenhuma disso", negou, observando que se tratou de "palavras infelizes, que devem ser refutadas com toda a energia."

Massanga Savimbi apresentou-se como "um militante consequente" e "um quadro da UNITA" que aceitou o desafio "por vontade própria", mas também após ouvir "várias vozes internas" que defenderam a sua candidatura.

"A minha coragem e a minha ousadia ficam para a história", declarou,

Questionado sobre o favoritismo de Adalberto Costa Júnior, que foi muito aplaudido na abertura do congresso, considerou natural, já que o presidente cessante "tem a máquina do partido".

"Eu estou a desafiar a máquina. Tenho plena consciência de que entrei nesta corrida de forma desafiante. Tenho coragem, força e convicção profunda no que estou a fazer."

Rafael Massanga Savimbi disse acreditar na vitória, lembrando que "a eleição disputa-se até ao último momento".

"Ainda acredito que haverá surpresas", afirmou, acrescentando que, durante os trabalhos, "há conversas, há consultas".

"Confio que as pessoas vão avaliar bem, e o resultado que sair será a vontade dos militantes e terá de ser respeitado", concluiu.