Durante a marcha, que teve a duração de duas horas, os activistas exibiram cartazes que faziam referência à necessidade de empregos para os jovens, melhoria do saneamento básico, dos serviços sociais, como a saúde, educação, energia e água, sectores que consideram estarem “mergulhados na precariedade, apesar das potencialidades que a província ostenta”.
Segundo o coordenador do evento, Salomão Tenguna Faustino, a manifestação ora realizada “traduz o clamor do povo malanjino, que, diariamente, se debate com uma degradante situação social, ante a falta de resposta das entidades competentes”.
A fonte considerou que os grandes empreendimentos hidroeléctricos erguidos na região (Capanda e Laúca) “apenas beneficiam uma minoria da população” dos municípios de Malanje e Cacuso, pois que “grande parte das famílias ainda vivem às escuras”.
O activista acrescentou que o mesmo acontece com a Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom), maior produtora de açúcar do país, cuja produção “não chega à mesa do cidadão comum”.
Associado a isso, Salomão Tenguna Faustino apontou a existência, em Malanje, de grandes pontos de atracção turística, que, no seu entendimento, não são potenciados, com vista a geração de receitas.
“Não pedimos que o Governo resolva tudo de uma só vez, mas que se priorize, anualmente, um sector, de modo a que, a curto, médio e longo prazos, se melhorem as condições de vida dos cidadãos”, disse, acrescentando que, “enquanto a situação perdurar, continuarão a manifestar-se”.
A marcha pacífica, que teve a protecção policial, partiu do Largo Rainha Njinga Mbande (Bairro Campo da Aviação) e terminou no Jardim da Liberdade (centro da cidade).