“A nossa juventude, depois de frequentar as melhores academias e universidades do mundo, tem estado a emigrar em busca da realização do seu sonho”, lamenta o também presidente da Câmara de Comércio Americana em Angola (AmCham-Angola).
O engenheiro e empresário angolano, Pedro Godinho, lançou nesta Quarta-feira, 19, em Luanda, a sua autobiografia, intitulada “Desistir Não É Opção”, uma obra literária em que partilha, pela primeira vez, a sua trajectória pessoal, profissional, humanitária e reafirma a importância da resiliência e do trabalho contínuo como pilares fundamentais para a construção de um futuro sólido e transformador.
Editado pela Âncora Editora, o livro oferece um olhar profundo sobre os desafios, sacrifícios, superações e conquistas de um dos mais influentes gestores angolanos da actualidade.
Com uma narrativa envolvente, Pedro Godinho revisita momentos marcantes da infância, o percurso académico, a construção da carreira, o papel no sector petrolífero e o contributo para o desenvolvimento do país, revelando aprendizagens que inspiram líderes, empreendedores e jovens em busca de propósito.
Durante a apresentação do livro, o empresário manifestou-se preocupado com fuga de cérebros para outras geografias.
“A nossa juventude, depois de frequentar as melhores academias e universidades do mundo, com muito talento e experiência, tem estado a emigrar em busca da realização do seu sonho”, lamentou.
Pedro Godinho considera que são esses jovens que a nação precisa para garantir o seu desenvolvimento, “porque nós estamos numa fase já muito avançada da vida. Então, é necessário que preparemos a nossa juventude, que criemos as condições para que possam dar a sua contribuição”.
O empresário angolano manifestou o desejo de ver Angola listada entre G20 e G30.
“Muitos de nós dirão que é impossível, mas a vida nos tem nos mostrado que nada é impossível. Eu acredito que Angola tem recursos bastantes para tornar isso possível, porque tem um activo humano muito grande (…)”, afirmou.
Nascido em Luanda em 1962, Pedro Godinho é engenheiro de Petróleos e Minas pela Universidade Agostinho Neto. Crescido no bairro do Rangel, desenvolveu desde cedo valores de disciplina, trabalho e independência — que o conduziram a uma carreira sólida no sector petrolífero e, depois, ao empreendedorismo.
Pedro Godinho sublinha que construiu o seu caminho com trabalho, perseverança e determinação — sempre com a convicção de que o mérito abre portas que ninguém pode fechar.
Ao longo da sua trajectória, enfrentou desafios que moldaram o seu caráter e inspiraram uma geração.
O livro “Desistir Não é Opção” revela momentos decisivos, escolhas difíceis e conquistas que só a persistência torna possíveis — um testemunho que inspira jovens e profissionais a acreditarem no poder da resiliência.
Angola registou, entre 2018 e o primeiro semestre de 2025, a criação de mais de 1,1 milhão de empregos, “fruto de políticas consistentes e articuladas de empregabilidade”, avançou hoje o Governo.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Governo angolano e a União Europeia vão investir 125 milhões de dólares num projeto para estimular o empreendedorismo e a criação de empregos em Angola, anunciou hoje o banco africano.
O Governo angolano lançou esta segunda-feira um projeto para a criação de mais de 37.000 empregos para jovens, orçado em 124,6 milhões de dólares e financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela União Europeia (UE).
O Governo angolano anunciou hoje a criação, no primeiro semestre deste ano, de 109.563 postos de trabalho formais, um resultado “animador”, mas ainda insatisfatório, segundo o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social.
As mulheres angolanas dedicam, em média, mais do dobro do tempo dos homens ao trabalho doméstico não remunerado, como cuidar da casa, de crianças ou de pessoas dependentes, segundo o Relatório sobre o Uso do Tempo em Angola.
O Governo angolano criou o Projeto de Emprego e Oportunidades para Jovens, a ser desenvolvido até 2029, com apoio financeiro de 250 milhões de dólares (223,9 milhões de euros) do Banco Mundial, para beneficiar 500 mil pessoas.
A taxa de desemprego em Angola diminuiu para 30,8% no terceiro trimestre de 2024, menos 4,5% face aos três meses anteriores, embora tenha crescido ligeiramente na faixa etária entre os 15 e 24 anos, anunciou hoje o INE.
O desemprego em Angola atingiu os 32,3 por cento no segundo semestre deste ano, segundo um relatório divulgado esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números do INE têm sido muitas vezes contestados por alguns sectores da sociedade que dizem não corresponder com a realidade.
A taxa de desemprego em Angola no segundo trimestre deste ano foi de 32,3%, melhorando 0,2 pontos percentuais face ao período homólogo, anunciou o Instituto Nacional de Estatística na segunda edição do Inquérito ao Emprego em Angola.