A chefe de Nutrição do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Angola disse que a desnutrição crónica no país teve um aumento histórico de quase 38% nos últimos 17 anos, defendendo investimentos nos cuidados primários e em alimentos nutritivos.
A insegurança alimentar em Moçambique deve piorar devido ao conflito na província de Cabo Delgado e eventos climáticos extremos induzidos pelo fenómeno La Niña, que agravam perdas agrícolas, segundo um relatório hoje divulgado por agências da ONU.
A seca e os preços altos estão a agravar a fome no sul e no leste de Angola, onde muitas famílias enfrentam um grau elevado de subnutrição, situação que deve prolongar-se até janeiro de 2025, segundo indicadores de um relatório.
Mais de meia centena de crianças morreram, este ano, devido a malnutrição, de um total de 29.730 crianças desnutridas notificadas, no município do Cubal, província angolana de Benguela, informou hoje o serviço de saúde local.
Um relatório do Governo angolano sobre a situação da insegurança alimentar e nutricional aguda em três províncias do sul concluiu que 1,32 milhões de pessoas estão bastante afetadas, e até março de 2022 pode chegar aos 1,58 milhões.
A Plataforma Sul, integrada por seis organizações da sociedade civil, prometeu hoje responsabilizar o Presidente angolano “por toda a morte causada pela fome” no país e “por toda a criança com malnutrição severa e crónica”.
A Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) criticou hoje o Presidente angolano por “relativizar a fome”, considerando que João Lourenço revelou “grande insensibilidade e desrespeito às vítimas da fome”.
Um recorde de 45 milhões de pessoas estão à beira da fome, numa lista de países que inclui o Afeganistão ou Angola, onde a insegurança alimentar está a aumentar, alertou hoje o Programa Mundial de Alimentos e as Nações Unidas.
Cerca de 40% de crianças desistiram da escola, na província angolana do Cunene, devido à seca e a fome que assolam a região, que leva a “dispersão populacional que busca pela subsistência”, anunciou hoje fonte oficial.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) vai entregar equipamentos tecnológicos ao Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Inapem) angolano visando "reforçar o agro empreendedorismo" a nível do país, foi hoje anunciado.