Pelo menos nove pessoas ficaram feridas e 17 foram detidas na sequência dos protestos de sábado, em Luanda, contra a subida do preço do combustível, disseram hoje os organizadores, anunciando nova marcha para o dia 26 de julho.
A presidente do parlamento angolano, Carolina Cerqueira, disse hoje, em Maputo, aguardar informação oficial sobre deputados impedidos de participar na manifestação de sábado, em Luanda, contra os aumentos dos preços dos combustíveis, afirmando que são "constitucionalmente protegidas".
O grupo parlamentar da UNITA, maior partido da oposição angolana, condenou e repudiou "com veemência" as agressões contra cidadãos, em particular de deputados, que participaram no sábado numa manifestação em Luanda, pedindo responsabilização dos autores destes atos.
A polícia angolana dispersou hoje com gás lacrimogéneo a marcha de centenas de cidadãos que protestavam, em Luanda, contra o aumento do preço dos combustíveis e dos transportes coletivos, criticando as autoridades governamentais.
Organizações da sociedade civil angolana alertaram, em nota pública, para o impacto negativo nos grupos mais vulneráveis do aumento no preço do gasóleo em Angola, de 300 para 400 kwanzas por litro.
Ativistas angolanos acusaram hoje a polícia de intimidações e tentativa de abortar a conferência de imprensa em que reafirmaram a realização da marcha, sábado, contra a subida do preço do combustível e dos transportes, num itinerário “aceite” pelo Governo.
O responsável da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) defendeu hoje que o Governo angolano teve de encontrar um equilíbrio no reajuste de preços dos transportes públicos, para não prejudicar nem as empresas nem os cidadãos.
O vice-presidente do CEDESA - Centro de Estudos para o Desenvolvimento Económico e Social de África considerou hoje que o Fundo Monetário Internacional (FMI) falhou nas intervenções em Angola por ignorar particularidades do país e do continente.
O Governo angolano vai vacinar mais de dois milhões de pessoas contra a cólera, em cinco províncias do país onde se regista transmissão ativa desta doença, que desde janeiro assola Angola, com centenas de mortes.
A brasileira Fundação Norberto Odebrecht (FNO) vai replicar em Angola o Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável (Pdcis), para capacitar pequenos agricultores da província de Cabinda através de formação técnica, inclusão produtiva e inovação agrícola.