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Fábrica de cimento (CIF) esta funcionar a 50% da sua capacidade de produção

Post by: 25 Novembro, 2017

A fábrica de cimento China Internacional Fund (CIF-Luanda), localizada na comuna do Bom Jesus, está desde alguns meses a funcionar a 50 por cento da sua capacidade de produção, revelou ontem, em Luanda, um dos seus responsáveis do grupo empresarial chinês em África.

You Hai Ming, que falava à imprensa, no final da visita do ministro da Construção e Obras Públicas ao empreendimento, sustentou que o subaproveitamento das capacidades instaladas está relacionado com o baixo fornecimento de combustíveis (Fuel Oil) por parte da Refinaria de Luanda.

“A fábrica tem funcionado apenas com uma das duas linhas, o que resulta na produção de 600 toneladas de cimento por dia, devido a dificuldades de aquisição de combustível e baixo fornecimento de matéria-prima”, disse

Com as duas linhas em funcionamento, disse You Hai Ming, a fábrica estará a produzir 1200 toneladas por dia, na sua capacidade máxima. A fábrica não está ligada ao fornecimento de energia da rede pública, desde 2014, altura em que entrou em funcionamento.

Para o arranque das máquinas, a fábrica necessita de 400 toneladas de combustível por dia, situação que tem sido de elevado custo para a sua aquisição, e que torna o produto final caro: um saco de cimento é comercializado a partir da própria fabrica no valor de 1.300 kwanzas.

A fábrica de cimento China Internacional Fund (CIF –Luanda) esteve paralisada num período de quatro meses, devido à falta de Fuel Oil. Retomou a produção apenas a 29 do mês passado, tendo começado as vendas nos últimos dias.

O ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares, defendeu ontem, durante a visita, a necessidade de a Refinaria de Luanda aumentar a capacidade de fornecimento do Fuel para que a fábrica de cimento CIF Luanda possa funcionar na sua plena capacidade. “Devido ao fraco abastecimento do fuel, a fábrica está a produzir cimento com matérias-primas que permitem apenas o funcionamento do forno de uma das linhas de produção. Com o funcionamento dos fornos das duas linhas, a fábrica vai produzir na sua plenitude”, acrescentou o ministro.

 Manuel Tavares admitiu que, com o funcionamento em máxima capacidade de produção da fábrica, o preço de 1.300 kwanzas comercializado até agora pode ser reduzido para um valor inferior. Até antes da escassez no fornecimento de combustíveis, o saco de cimento era vendido a mil kwanzas ao consumidor final.

Referindo-se aos demais materiais de construção, Manuel Tavares disse que o Ministério da Construção e Obras Públicas está a criar parceria com o Ministério da Indústria, no sentido de, numa primeira fase, apurar as causas que estão na base dos custos elevados destes materiais.

“Temos em agenda visitas já programadas às fabricas de materiais de construção. Vamos constatar o seu funcionamento, bem como os constrangimentos para depois se tomar uma decisão”, acrescentou. Manuel Tavares lamentou o facto de algumas fábricas estarem a funcionar com o abastecimento de água em camiões cisternas e com energia de fonte alternativo “As fábricas devem funcionar com energia e água fornecida a partir da rede pública”, ordenou. “Acreditamos que o fornecimento de energia e água da rede pública vai contribuir para que os preços dos materiais de produção tendam a baixar no mercado”, disse.

O ministro realçou o facto de as principais fábricas de cimento, nomeadamente de Bom Jesus, do Sumbe e a Cimangola, estarem em funcionamento, apesar de não ser em plena capacidade

O ministro admitiu que o problema de bombagem apresentado pela refinaria da Luanda na produção de Fuel Oil pode ser resolvido ainda este ano.

Em visita à fábrica de cimento da CIF Luanda, o ministro Manuel Tavares acompanhado por altos funcionários do seu Ministério, percorreu todas as instalações e observou a área de produção, a central eléctrica, entre outras. De seguida, o ministro e sua caravana manteve um encontro com a direcção da fábrica.

A crise no fornecimento de combustíveis às fábricas de cimento passou a ser debelada a partir do dia 10 deste mês quando empresas cimenteiras China International Fund, no Bom Jesus, e do Cuanza-Sul (FCKS), no Sumbe, passaram a adquirir o Heavy Fuel Oil (HFO), na Refinaria de Luanda, sem necessidade de passar pela Cimangola, como era anteriormente. A linha que fornecia o HFO à Cimangola passou a abastecer as fábricas CIF e a do FCKS.

“Na visita foi-nos garantido que até ao dia 10 deste mês o Fuel Oil (HFO) estará disponível para que as empresas o possam adquirir. Do nosso lado está resolvido e começa um novo processo. As fábricas têm condições para o abastecimento na Refinaria.

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