Angola gastou 709,3 milhões de dólares para importar combustíveis líquidos no terceiro trimestre

Post by: 30 October, 2025

Angola desembolsou 709,3 milhões de dólares (610,4 milhões de euros) para importar, no terceiro trimestre deste ano, 1,2 milhões de toneladas métricas de combustíveis líquidos, mais 36% que no trimestre anterior, divulgou hoje o Governo.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP) sobre as atividades desenvolvidas entre julho e setembro deste ano, das quantidades de combustíveis líquidos adquiridos 70% foram importados, sendo os restantes provenientes da Refinaria de Luanda (29%) e da Cabgoc – Topping de Cabinda (1%).

No período em referência, o gasóleo foi o produto mais importado com 61% e depois a gasolina com 25,94%, destacando-se no total das aquisições. Em declarações à imprensa, o diretor-geral adjunto do IRDP destacou que houve mais importação de gasóleo porque há mais necessidade desse derivado de petróleo, perspetivando para o último trimestre do ano uma importação de gasóleo e gasolina próxima da que se registou no terceiro trimestre.

António Feijó frisou que a Refinaria de Cabinda, inaugurada em setembro passado, vai proporcionar uma diminuição na importação de gasóleo, apesar de se encontrar ainda num processo de pré-arranque. Com a Refinaria de Cabinda em pleno funcionamento, prosseguiu, o país conta reduzir em cerca de 12% o volume das importações.

“É evidente que importando menos vamos reduzir 10% a 12% das importações, vai diminuir o dispêndio do Estado em relação à compra de gasóleo. Nós hoje importamos cerca de 70% das necessidades, só produzimos internamente 30%, vamos diminuir o volume importado, aumentando a produção que nós cá fazemos”, referiu.

Segundo os dados do IRDP, o país continua a dispor de uma capacidade instalada de armazenagem de combustíveis líquidos em terra, em estado operacional, de 675.968 metros cúbicos.

Relativamente ao número de postos de abastecimento, no final do trimestre em análise, foram registados 1.204, dos quais 920 em estado operacional, maioritariamente da Sonangol Distribuição e Comercialização, empresa pública, com 34,2% do total.

Quanto à quota de mercado, em termos de volume de vendas de combustíveis líquidos, no período em análise, a Sonangol Distribuição e Comercialização deteve a liderança com 62,3%, seguida da Pumangol com 20%, a Sonangalp com 8,6%, a Total Energies Marketing Angola com 7,2% e a Etu Energias com 2%.

No que se refere aos combustíveis gasosos, não se registou no terceiro trimestre a importação de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) para o mercado nacional, sendo as 158.555 toneladas métricas introduzidas no mercado interno provenientes da Fábrica Angola LNG (56%), do Sanha (38%), da Refinaria de Luanda (5%) e do Topping de Cabinda (1%).

“Em comparação com o trimestre anterior, observou-se um incremento de aproximadamente 28% na aquisição de gás de cozinha (GPL) para o mercado interno”, destaca-se no relatório, frisando que, neste segmento, a Sonangol Gás e Energias Renováveis ocupa a liderança nas vendas do mercado, com uma quota de 77,7%.

Noutro segmento, registou-se um volume de cerca de oito mil toneladas métricas de lubrificantes comercializados no mercado interno pelas principais empresas, representando uma redução de cerca de 17% em relação ao trimestre anterior.

Do volume total mencionado, apenas 490 toneladas métricas tiveram origem na produção nacional, representando 6%, enquanto as 7.465 toneladas métricas restantes, equivalentes a 94%, foram importadas.

“A Chinangol liderou as vendas no mercado de lubrificantes, no período em análise, com uma quota na ordem dos 9,8% do total, seguida pela Jambo com 8,6%, a Lubritec com 8,2%, a Geosam com 7,3% e a Sonangol Distribuição e Comercialização com 6,2%, fechando o top 5 do referido mercado.

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