O texto mereceu votos a favor do BE, do deputado do PAN e de 12 deputados do PS, incluindo João Soares, Isabel Moreira, Pedro Bacelar Vasconcelos ou Paulo Trigo Pereira, e com restante bancada do PS a juntar-se a PSD, CDS e PCP nos votos contra.
O Partido Ecologista "Os Verdes" absteve-se, tal como dois parlamentares do CDS: João Almeida e Ana Rita Bessa.
No texto, o Bloco pedia que a Assembleia da República condenasse a "perseguição sistemática aos ativistas cívicos em Angola, a repressão e a violência sobre as manifestações e o desrespeito pelos princípios da liberdade e da democracia".
O PCP votou contra mas numa declaração de voto assinalou a sua "defesa do direito de opinião e manifestação" mas não acompanhando "ações que pretendem premeditadamente perturbar, colocar em causa e, se possível, deslegitimar o normal desenvolvimento das eleições gerais em Angola".
Sete ativistas foram condenados por um tribunal de Luanda a penas de 45 dias de prisão efetiva, por resistência às autoridades, ao tentarem manifestar-se contra alegadas irregularidades no processo de registo eleitoral, que antecede as eleições gerais de agosto.
A informação foi confirmada à Lusa em 20 de abril pelo secretário-geral do autodenominado Conselho Nacional dos Ativistas de Angola, António Kissanda, dando conta de que os sete jovens, com idades entre os 25 e os 35 anos, foram condenados em processo sumário, pelo tribunal do Cacuaco.
A manifestação, em que exigiam ainda transparência na governação, a terceira do género promovida pelos mesmos elementos daquela organização, aconteceu em 16 de abril.
LUSA