O ativista e jornalista angolano Rafael Marques critica o Presidente de Angola, João Lourenço, por ainda não ter dado explicações ao país sobre a "crise de segurança pública" em Luanda e responsabiliza-o pela situação que se vive no país.
O balanço provisório das autoridades angolanas aponta para 22 mortos, 197 feridos e 1.214 detenções, nos dois dias de tumultos registados na província de Luanda, durante uma paralisação de taxistas, avançou o Governo angolano.
A violência vivida em Luanda na segunda-feira com barricadas nas estradas e pilhagens é um sintoma da insatisfação dos angolanos face ao aumento do custo de vida e à falta de futuro dos jovens angolanos, com a população a revoltar-se face à indiferença dos dirigentes políticos.
A Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) instou hoje os cidadãos lesados em Luanda a avançarem com uma queixa contra o Estado angolano por não garantir a segurança dos seus bens, vandalizados na sequência da greve dos taxistas.
Líderes religiosos disseram hoje que Angola vive momentos difíceis de pobreza e miséria, pedindo aos cidadãos urbanidade e civismo nas suas “justas reivindicações”, e defenderam que as autoridades devem promover o diálogo e não ignorar o desgaste da população.
A capital angolana vive hoje o segundo dia consecutivo de insegurança, com pilhagens e atos de vandalismo a ocorrerem sobretudo nas zonas periféricas, tendo como principal alvo os supermercados, constatou a Lusa.
A delegação em Luanda da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) decidiu manter a greve dos taxistas, apesar da direção nacional ter anunciado a suspensão da paralisação convocada entre 28 e 30 de julho.
Na sequência da violência que marcou o primeiro dia da greve convocada por taxistas contra o aumento dos combustíveis, a capital angolana vive esta terça-feira num estado aparentemente letárgico, como em dias de pandemia, constatou a Lusa em vários locais.
A Associação das Empresas do Comércio e da Distribuição Moderna de Angola (Ecodima) manifestou esta segunda-feira "profunda preocupação" com os episódios de vandalismo, pilhagem e perturbação da ordem pública" em Luanda e anunciou o encerramento mais cedo dos estabelecimentos comerciais.
O Bureau Político do Comité Central do MPLA condenou, esta segunda-feira, os actos de vandalismo registados em várias partes da província de Luanda, que resultaram em elevados prejuízos materiais e comprometeram a ordem e tranquilidade públicas.