Segundo moradores do referido Bairro afirmam que a não existência de escolas públicas faça com que muitas crianças, e, adultos não vão á escola, reforçando mesmo que existem pessoas que começam estudar nas escolas comparticipadas, depois desistem por falta de meios financeiros.
‘’ Nós aqui estamos mal, fomos esquecidos e continuaremos a ser, porque na verdade, os governantes deste município, criaram bairros de filhos, e de enteados’’ Disse Victor António um ancião de 67 anos, vive na área há quarenta anos.
O ancião diz ainda que no Bairro da Terra Vermelha existe somente duas escolas primárias comparticipadas, e duas escolas privadas, com efeito os populares reclamam a construção de várias escolas públicas para reduzir a desistência daqueles que não tem meios .
‘’ As propinas dessas escolas comparticipadas são muito caras, e a maior parte dos populares não consegue custear a formação dos seus filhos, porque vivemos somente de agricultura, você que tem uma lavra, achas que consegues pagar a propina no preço de 2000kzs, se você tem família para dar assistência’’ Perguntou o ancião.
Já o jovem Calisto João diz que o bairro está muito esquecido, afirmando mesmo que não tem nada, e que os dirigentes do bairro e do município os esqueceram, ‘’eles pensam que nós somos animais’’ Disse o Jovem de 22 anos de idade frequentando 10º classe numa escola privada do Bairro
‘’ A vida aqui é difícil, nós estamos a pedir que os dirigentes deste município nos dão mais atenção, e não entendemos como eles trabalham, não há boas escolas, as vias estão mal, não há bons centros de saúde hospitalar, vamos ir aonde assim’’ indagou
De acordo com Leny Josefa residente do Bairro há mais de 20 anos disse a nossa reportagem que o Bairro para desenvolver precisa de muita atenção da parte quem governa o município.
‘’ Se não vendermos você não ter de como dar de comer nos seus filhos, e dar de estudar, porque as vendas que faço por dia eu só ganho 500kz, com esse dinheiro faço o que é de bom’’ relatou com lágrimas nos olhos.
O Bairro da Terra Vermelha surgiu em 1998 num processo de ocupação pacifica gradual dos terrenos pelas populações vindas do interior do país na condição de deslocados de guerra.
Texto: Zeye Zua