Salário mínimo perdeu 48 por cento de valor desde 2014
Contas do jornal Expansão indicam que o salário mínimo do cidadão perdeu poder de compra em 48 por cento desde o início da crise financeira em 2014.
Com as medidas macro-económicas anunciadas pelo Governo, economistas preveem dias piores para o cidadão angolano, sobretudo os de baixa renda que constituiem a maior fatia da população angolana.
O especialista em gestão de políticas públicas, David Kissadila adverte o executivo para lidar com a questão dos bens alimentares principalmente os da cesta básica.
“Se o Estado não intervir pode criar uma insatisfação generalizada da população”, adianta Kissadila, para quem “na questão alimentar, dos produtos da cesta básica como o pão, arroz, óleo e açúcar, por exemplo, o Estado deve intervir já para impedir que os preços subam mais para não prejudicar ainda mais o cidadão".
A medida anunciada pelo Governo de cortar subsídios devia, no entender de outro economista, Damião Cabulo, ser acompanhada de outras, como o alargamento da “base tributária” e mesmo a manutenção de “alguns subsídios”.
Para Cabulo “é obrigação do Estado garantir o bem-estar social e económico das famílias a partir de medidas que as favoreçam e não comprometam a sobrevivência das famílias".
Para Faustino Mumbica, também economista, o ano de 2018 adivinha-se penoso para os angolanos, por isso "aconselha a uma mudança de atitude tanto do Estado como do cidadão.