É uma situação de veras preocupante, segundo a vice-procuradora-geral da República, que aponta caminhos para a defesa da estabilidade e a integridade do sistema financeiro e, por arrasto, à segurança interna do país.
Conforme a magistrada a criminalidade financeira que abrange tanto os crimes fiscais como o branqueamento de capitais, entre outros, constitui uma ameaça persistente à estabilidade econômica e social. A natureza complexa e frequentemente transnacional deste tipo de criminalidade faz com que a prevenção, a detecção e a repressão constituam medidas de suma importância para a sua mitigação.
Inocência Pinto diz que o combate ao crime financeiro exige coragem e espírito de missão.
Os desafios que enfrentamos são complexos e dinâmicos. As redes criminosas valem-se das tecnologias emergentes, de estruturas societárias opacas, transações transfronteiriças e ativos digitais para ocultarem o seu rastro, enfatizou.
Inocência Pinto afirmou que, por isso, aguarda a conspirativa aprovação pela Assembleia Nacional de um conjunto de normas que revisam colocar um travão às atividades econômicas que lesam o Estado angolano em milhares de euros.
A legislação referida estabelece um conjunto abrangente de medidas preventivas e repressivas, impõem obrigações às entidades sujeitas, tanto financeiras quanto não financeiras, e reforçam as competências das entidades de supervisão e de fiscalização, finalizou vice-procuradora-geral da República.
A vice-procuradora-geral da República discursava em Luanda no ato de abertura da palestra sobre prevenção e detecção de crimes fiscais e branqueamento de capitais.