O jurista angolano Inglês Pinto defendeu hoje que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) violou pressupostos formais ao não publicar os votos vencidos dos comissários que não aprovaram a ata final, “vício” que não belisca os resultados eleitorais.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa considera ser “cedo demais” para que o MPLA reclame a vitória nas eleições angolanas e que “não será bom” para o Presidente João Lourenço iniciar um segundo mandado “sem tudo estar clarificado”.
A UNITA anunciou hoje que vai entregar uma reclamação com efeitos suspensivos dos resultados das eleições anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral, que proclamaram a vitória do MPLA, e afirmou não ter sido notificada da decisão.
Abel Chivukuvuku, candidato da UNITA à vice-Presidência de Angola, apelou à calma, defendendo que “os resultados supostamente definitivos divulgados pelo Presidente da CNE, só são mesmo da CNE e do MPLA de João Lourenço”.
A UNITA defende que, mesmo com a divulgação dos resultados finais pela Comissão Nacional de Eleições, o processo eleitoral ainda não está terminado.
A diplomacia da União Europeia (UE) saudou hoje o “ambiente pacífico” das eleições em Angola, que deram vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mas pediu “todos esforços possíveis” às autoridades eleitorais para responder à contestação.
A futura presidente da Assembleia Nacional de Angola, segundo os dados da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), afirmou hoje que a gestão de um parlamento sem maioria constitucional será diferente e existe “sentido de Estado” e “patriotismo” dos deputados.
A futura vice-presidente de Angola, Esperança Costa, agradeceu hoje a vitória dada ao Movimento Popular de Libertação de Angola nas eleições de 24 de agosto e disse que o partido apenas cumpriu a decisão da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
O Governo norte-americano apelou hoje aos angolanos para que “se expressem pacificamente” e instou a que “quaisquer reclamações” relativas às eleições de 24 de agosto sejam resolvidas ao abrigo da lei.
O líder do Movimento Popular de Libertação de Angola, João Lourenço, minimizou hoje a contestação da oposição aos resultados que lhe deram a vitória e recusou qualquer “geringonça” ou acordo com partidos derrotados nas eleições de 24 de agosto.
A Frente para a Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) reivindicou hoje a morte de 18 soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) em várias operações esta madrugada na área de Necuto, em Cabinda.
Ativistas da Sociedade Civil Contestatária angolana denunciaram perseguições e detenções arbitrária no período pós-eleitoral, lamentando terem sido impedidos de realizar uma conferência de imprensa, em Luanda, que estava prevista para esta manhã.