Na véspera das eleições em Angola, o cabeça-de-lista do MPLA chamou a imprensa estrangeira para anunciar que só tem um plano: a vitória do partido com maioria absoluta. A DW África fez algumas perguntas a João Lourenço.
Kinguilas, roboteiros ou zungueiros. São os vários nomes dados às vendedoras de moedas nas ruas de Luanda. Um negócio que já não é rentável pela escassez de kwanzas e dólares neste mercado paralelo.
A cidade de Luanda vive hoje um dia de reflexão eleitoral de normalidade e trabalho, na véspera das eleições gerais angolanas de quarta-feira, com muitos eleitores decididos a votar.
Cada força política concorrente às eleições gerais angolanas de quarta-feira poderá estar representada nas mesas de voto por um único delegado credenciado para o efeito, que receberá um subsídio do Estado de 10.000 kwanzas (50 euros).
A campanha eleitoral angolana terminou ontem. A primeira em que José Eduardo dos Santos não se candidata, ao fim de 38 anos no poder. É tempo de transição, resta saber que transição irá fazer João Lourenço, o ministro da Defesa que, tudo indica, será o próximo presidente do país. As poucas sondagens divulgadas dão vitória sem maioria ao MPLA, mas levantam-se dúvidas se as urnas irão refletir a vontade dos angolanos. As eleições de amanhã em dez pontos.
A campanha eleitoral em Angola tem sido marcada por uma guerra de sondagens. A 7 de agosto, o site Maka Angola, do oposicionista Rafael Marques, divulgou uma sondagem que a presidência angolana teria encomendado, de acordo com a qual o MPLA venceria as eleições, mas só com 36% dos votos, ficando em minoria no parlamento.
Por Luciano Amaral
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola repudiou hoje "veementemente" o ataque, supostamente por militantes da UNITA, maior partido da oposição, a uma missão de observadores da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC).
O ex-primeiro-ministro angolano, Marcolino Moco, crítico da liderança de José Eduardo dos Santos, admite que tem mantido conversas com vista a uma aproximação ao cabeça-de-lista do MPLA, João Lourenço, às eleições de quarta-feira, mas sem passar cheques em branco.
O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, decretou hoje para todo o país, tolerância de ponto no dia das eleições gerais, quarta-feira, mas que não abrange os trabalhadores em regime de turnos.
Analistas contactados pela Lusa consideram que o próximo Presidente angolano, que surgirá das eleições gerais de 23 de agosto, poderá enfrentar dificuldades em governar devido ao poder de José Eduardo dos Santos, que permanecerá como líder do MPLA até 2018.
O cabeça-de-lista da UNITA às eleições gerais angolanas de quarta-feira, Isaías Samakuva, acusou hoje o MPLA de usar militares para intimidar os eleitores das aldeias, ao "espalharem a mentira" de que se votarem na UNITA regressará a guerra.