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Ataques de suposto grupo de marginais em Viana considerados "boatos"

Post by: 02 Junho, 2018

As denúncias postas a circular nas redes sociais, sobre a actuação de um suposto grupo de marginais, que estaria a ?atacar cidadãos? no município de Viana, sobretudos em estabelecimentos de ensino primário, do I e II ciclos, são falsas e não passam de boatos.

Essa afirmação é do administrador municipal de Viana, André Soma, quando falava à imprensa, no final da tarde desta sexta-feira, em Luanda, a margem de um encontro que manteve com os directores das mil e 124 escolas públicas, privadas e comparticipadas que funcionam na circunscrição.

Durante a reunião, em que participaram o comandante municipal da polícia nacional, o director da cadeia de Viana, responsável local do Sinse e do SIC, os referidos responsáveis dos estabelecimentos de ensino foram unânimes em declarar que nenhuma escola sofreu ataque de marginais.

A reforçar essa posição, o director do Instituto Politécnico da Camadeira (5103), Julião de Sousa Leal, cujo nome também é citado nas redes sociais como tendo sido amarrado pelos referidos marginais, desmentiu categoricamente essa informação, garantindo que jamais foi molestado ou tenha sofrido qualquer tipo de sevícias as mãos de malfeitores.

André Soma disse terem recebido informações de que na cadeia de Viana, nunca houve evasão em massa, nem tão pouco solturas em massa de grupos de detidos.

“Queremos tranquilizar a população de Viana e os cerca de 300 mil alunos matriculados, para que estejam calmos, confiem nas autoridades e possam voltar a assistir as aulas com normalidade, pois não existe perigo algum e as condições de segurança estão todas criadas”, manifestou.

O administrador assegurou que existem forças policiais, alguns à paisana, a brigada escolar, forças de segurança e os seguranças das próprias escolas em prontidão, pelo que as pessoas podem ficar descansadas.

Indagado sobre a situação dos alunos que faltaram as aulas, foi peremptório em dizer que não sofrerão qualquer tipo de punição, exortando apenas as pessoas a estarem vigilantes, não se deixarem manipular e a combaterem o boato, para situações similares não se repitam.

Ensino Particular apela pais a enviarem filhos à escola

O presidente da Associação Nacional do Ensino Particular, António Pacavira, instou, na ocasião, os encarregados de educação a confiarem nas instituições e a enviarem os seus educandos às escolas da municipalidade.

“Temos vindo a trabalhar com a brigada escolar, polícia nacional e com todos órgãos de segurança, e tudo não passa de mera especulação. Devem continuar a enviar normalmente os seus filhos às escolas públicas, privadas, comparticipadas e até creches, pois há informações de que algumas também fecharam as portas”, frisou.

Informou que o município de Viana conta com mais de 400 colégios, muitos dos quais nesta quinta-feira terão mandado os alunos regressarem a casa por prevenção, segundo os seus gestores.

“Hoje viemos juntar sinergias com o município e queremos igualmente tranquilizar os alunos e encarregados de educação, que nada ocorreu e que tudo foi uma mera especulação, um boato, o que é recorrente no sector, pois nos anos 90 já tivemos situações semelhantes com o tal “Caixão Vazio” e infelizmente parece que isso é cíclico e voltou a ocorrer”, disse.

António Pacavira concluiu dizendo que existe em Viana um poder local, autoridade, e que nada vai beliscar a segurança dos seus moradores.

De recordar que recentemente o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, inspector-chefe Lázaro da Conceição, já havia garantido que as autoridades desconheciam a existência de um caso concreto em que o suposto grupo de marinais terá invadido escolas e outros lugares públicos, recorrendo a objectos como seringas com agulhas não esterilizadas.

Lázaro da Conceição informou, na altura, que já haviam sido destacados efectivos da Brigada de Segurança Escolar e de outros órgãos da polícia, para clarificar o caso.

Os especialistas, precisou o também chefe de operações do comando, já estariam a monitorar as redes sociais e as escolas, principalmente as do ensino geral.

De igual modo, foi posto à disposição da população um terminal telefónico para eventuais denúncias sobre o assunto (914041039), disponível 24/24 horas.

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