Segundo o porta-voz dos bombeiros, Wilson Baptista, os menores de 7 e 11 anos, "inadvertidamente e na inocência", manusearam o engenho explosivo, que se encontrava no interior de uma cabana localizada na exploração agrícola dos pais.

"Essas crianças foram até à lavra com os seus pais e havia no interior da cabana uma granada, colocada no local pelo pai, que a terá localizado enquanto lavrava a terra e decidiu guardar o engenho", referiu Wilson Baptista, em declarações à Televisão Pública de Angola.

O responsável salientou que os irmãos se depararam com o material ferroso "e decidiram remover para mostrar ao pai que se encontrava na parte exterior da cabana".

"Infelizmente, este material caiu ao chão e gerou a explosão que vitimou de imediato estas duas crianças, não houve qualquer possibilidade de socorro, porque elas ficaram completamente dilaceradas com os estilhaços desta granada", frisou.

Angola, que viveu uma guerra civil de quase três décadas, é um dos países do mundo com maior extensão territorial contaminada ainda por minas terrestres.

O Presidente angolano, João Lourenço, quer o país livre de minas até 2027 e anunciou em outubro de 2024 que vão ser investidos nos próximos dois anos cerca de 240 milhões de dólares (220 milhões de euros) no programa de desminagem.