Numa altura em que está no país desde terça-feira, 11, a missão Financial System Assessment Program, os economistas chamam atenção ao governo para que a missão ajude o sistema financeiro angolano a cumprir as regras em matérias de branqueamento de capitais e corrupção, recomendadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM) e outras instituições financeiras internacionais.
Sugerem ainda que haja transparência no sistema financeiro, sendo crucial que o governo resolva problemas de base como burlas no sistema financeiro, desvios de fundos por parte de funcionários de bancos, falsificação de documentos e outras situações que afugentam os investidores.
Para o economista Heitor Carvalho, a missão é bem-vinda, e entende que o problema do siste- ma financeiro angolano não tem a ver com a regulamentação, mas sim com o cumprimento da regulamentação, avançando que nenhuma auditoria ajuda se o executivo não cumprir por si as recomendações.
"O grande problema do sistema financeiro é que é muito premiada, há muitas influências. Faz se transferências ilegais, e coisas que não deviam ser feitas, como a corrupção, branqueamento de capitais. É isso que o GAFI e a União Europeia têm nos chamados atenção."
Heitor Carvalho afirma que se cumprem com as regras em matérias de liquidez, mas não se cumprem as regras para o com bate a corrupção, acrescentam do que não há perigo no sistema financeiro, mas que precisa se apenas de se cumprir com as leis.
E o economista Eduardo Manuel, espera que a missão Financial System Assessment Program, consiga identificar de forma mais aprofundada os problemas do sistema financeiro angolano, tendo em conta as in formações existentes e dar recomendações ao Banco Nacional de Angola (BNA) para fazer as instituições cumprirem com as recomendações dadas.
"É preciso não esquecer que o facto de Angola estar cada vez mais exposta, não só pelo facto de estar presente em várias organizações internacionais, Angola deve ter um sistema financeiro mais transparente e forneça produtos e serviços que satisfaçam os clientes nacionais e os potenciais investidores estrangeiros", disse.
Eduardo Manuel afirma ainda que o sistema financeiro angola no deve ter em conta que se es tá na era da globalização e que os agentes económicos estão cadê vez mais informados, exigentes e possuem vários perfis.
Acrescentado que o sistema financeiro precisa redefinir a estratégia de actuação para atrair investidores nacionais e estrangeiros e assim poder ter liquidez suficiente, para conceder em préstimos para investimento a taxas de juro mais baixas e a mentar os depósitos em moeda estrangeira. Jornal OPAÍS