Cólera recua em Angola com média diária de dez casos em agosto

Post by: 28 Agosto, 2025

Angola regista uma diminuição de casos e mortes por cólera, com sete casos registados e nenhuma morte nas últimas 24 horas, tendo o governo renovado o compromisso de eliminar a doença até 2030.

A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, apresentou hoje durante a 75.ª sessão do Comité Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), que decorreu esta semana, os avanços e desafios do país no combate ao surto de cólera que enfrenta desde janeiro deste ano.

“Estamos diante de um desafio de saúde pública, que exige solidariedade regional, liderança nacional e resiliência comunitária”, disse Sílvia Lutucuta, afirmando que “Angola continua empenhada na implementação do Roteiro Global para a Eliminação da Cólera até 2030, com ações firmes e coordenadas em todo o território”.

Segundo a ministra, a resposta de Angola tem sido marcada por uma atuação célere, coordenada e determinada.

A cólera, que teve como epicentro Luanda, com o registo de 7.015 casos e 222 óbitos, afetou 18 das 21 províncias angolanas, apresentando nas últimas 24 horas o total cumulativo de 27.952 casos e 780 mortes.

“O pico mais crítico ocorreu a 21 de abril com 337 casos notificados em apenas 24 horas”, destacam as autoridades angolanas.

Sílvia Lutucuta frisou que, apesar da gravidade inicial, a situação tem vindo a estabilizar.

“Nos últimos dias, temos registado uma média de apenas 10 casos por dia e um óbito por semana, sinal evidente de que as medidas implementadas estão a surtir efeito”, realçou.

Entre as medidas tomadas pelo Governo para fazer face ao surto destacam-se a mobilização de recursos internos para aquisição de medicamentos, vacinas, testes laboratoriais e materiais essenciais, bem como reforço da vigilância epidemiológica, a distribuição de água potável, promoção de saneamento básico e instalação de centros de tratamento de cólera e pontos de reidratação oral em todas as províncias afetadas.

Angola conseguiu assegurar 3,6 milhões de doses de vacinas, alcançando coberturas superiores a 95% nas áreas mais críticas.

“A luta contra a cólera é uma causa coletiva. África não estará livre desta doença sem que todos os países africanos atinjam a sua eliminação até 2030”, frisou.

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