Ontem, 11 de novembro, Angola celebrou o 50º aniversário de sua independência. Em julho, os angolanos protestaram ao longo de várias semanas, registando-se dezenas de mortos e centenas feridos e de presos.
O líder do Chega, André Ventura, criticou hoje as declarações do Presidente angolano sobre o colonialismo português e a reação de Marcelo Rebelo de Sousa, que quer ver condenada pelo parlamento.
O MPLA, partido no poder, apelou hoje aos angolanos a manterem-se unidos e vigilantes para preservação das conquistas alcançadas em 50 anos de independência nacional, apelando às novas gerações a inspirarem-se “nos feitos dos seus antepassados”.
O Presidente angolano pediu hoje a todos os cidadãos para valorizarem as conquistas alcançadas e deixarem para trás “disputas e querelas partidárias”, sublinhando que o desenvolvimento do país “não é realizável em apenas duas décadas de paz”.
O presidente angolano afirmou que Angola “olha para o mundo (...) com apreensão”, criticando “a confrangedora banalização da vida humana” nas guerras e a “impotência” das Nações Unidas face aos conflitos mundiais.
O ex-ministro da Economia António Costa Silva disse à Lusa que Angola precisa de “uma reforma ética e institucional” para “reganhar a confiança do povo angolano” depois de décadas de corrupção no país.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa considera que Angola vive hoje um período de maior liberdade de expressão em comparação com a era do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, embora reconheça que outras liberdades fundamentais continuam ameaçadas.
A UNITA afirmou hoje que a independência política de Angola “só será plena quando for acompanhada da libertação social e económica”, numa declaração alusiva ao 50.º aniversário da independência nacional.