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Lavagem de dinheiro entre os riscos de investimento em Angola, alerta Moody’s

Post by: 21 Outubro, 2017

Um analista sénior da agência de rating Moody's considerou hoje Angola como "zona de risco" para qualquer investimento da banca norte-americana, argumentando com o facto de se manterem riscos, incluindo o de "lavagem de dinheiro".

Numa entrevista ao portal Bloomberg, Akin Majekodumni,, analista sénior daquela agência de classificação de risco de crédito, disse a partir de Londres, onde trabalha, que Angola está “ainda muito longe” de conseguir captar a atenção dos bancos norte-americanos, mesmo apesar de “alguns progressos” no combate à “lavagem de dinheiro”.

 “É improvável que os bancos norte-americanos possam regressar a Angola em breve. Esta indústria, se se pode pôr assim a questão, já não tem muito sentido comercial para eles”, afirmou Majekodumni, referindo-se às transferências de dólares para o mercado angolano.

O Bank of America Corp (BoA) suspendeu a venda de moeda norte-americana a investidores em 2015, cinco anos depois de um relatório do Senado ter demonstrado como um traficante de armas, entretanto condenado, conseguiu transferir milhões de dólares para bancos nos Estados Unidos.

Após a decisão do BoA, outros bancos seguiram as pisadas, desencadeando um êxodo dos trabalhadores estrangeiros que eram pagos em dólares, agravando ainda mais a crise económica iniciada pouco depois de os preços do crude começarem a cair nos mercados internacionais, no outono de 2014.

Desce ‘rating’ da dívida pública de Angola

A agência de notação financeira Moody’s desceu o ‘rating’ da dívida pública de Angola de B1 para B2, mantendo-a num nível de classificação altamente especulativo, decisão justificada com o fraco crescimento económico do país e a escassez de divisas.

A descida no ‘rating’ da dívida soberana de Angola, acrescida de uma previsão de evolução que passa de negativa para estável, foi comunicada na sexta-feira à noite, com a Moody’s a apontar ainda previsões de alta inflação, cortes no investimento público e um sistema bancário “fraco”.

“Angola ainda enfrenta o difícil desafio da diversificação, longe da sua forte dependência do petróleo”, escreve a agência de notação, ao justificar a descida de mais um nível no ‘rating’ da dívida emitida pelo Estado angolano.

Last modified on Sexta, 27 Outubro 2017 01:47
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