De acordo com a agência EFE, pelo menos, cinco pessoas morreram e doze ficaram feridas durante a operação.
Os agentes dispararam contra fiéis de várias paróquias que se manifestavam hoje com o objetivo de pedir que Joseph Kabila declare, publicamente, que não será candidato nas próximas presidenciais. O protesto acontece um ano depois de ser assinado o acordo de São Silvestre, que previa a realização de eleições antes do final de 2017.
Apesar de o Governo ter proibido qualquer manifestação de caráter político, vários fiéis decidiram organizar protestos, liderados pelos párocos.
No distrito de Lemba, as forças de segurança dispararam tiros para o ar e lançaram gás lacrimogéneo numa igreja, onde estavam previstas manifestações. Situação que se repetiu no bairro de Mbudi, nas paróquias de São Gabriel de Yolo e São Roberto.
"Enquanto estávamos em oração, os militares e os polícias entraram na igreja e atiraram gás lacrimogéneo" no decurso da missa, declarou à agência France Presse um cristão da paróquia de Saint-Michel, em Bandalungwa, na província de Kinshsa.
A Comissão Eleitoral anunciou, em novembro, que as eleições terão lugar a 23 de dezembro de 2018.
Inicialmente previa-se que as mesmas decorressem em 2016, mas as autoridades congolesas atrasaram o processo, alegando deficiências no censo, decisão apelidada, pelas forças da oposição, como uma manobra política.