Defesa e associados pedem justiça após interrogatório de dirigente dos taxistas angolanos

O vice-presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), detido na quinta-feira em Benguela, por alegada incitação à violência, começou hoje a ser ouvido pelo juiz de garantias, em Luanda, anunciou o seu advogado, pedindo “justiça”.

À saída do primeiro interrogatório de Rodrigo Luciano Catimba – vice-presidente da ANATA -, o advogado Jovete Domingos confirmou a audição ao arguido detido, referindo que a defesa aguarda pelo despacho do juiz para conhecer a medida de coação que lhe será aplicada.

“Ainda aguardamos pelo despacho do juiz que a qualquer momento poderá proferir, tudo o resto vamos aguardar e acreditar na justiça angolana e nas instituições do Estado”, disse o advogado aos jornalistas. Rodrigo Luciano Catimba foi detido na quinta-feira, em Benguela, por suspeitas de incitação à violência, apologia de crime, rebelião e terrorismo, anunciaram as autoridades angolanas.

Hoje, o presidente da ANATA, Francisco Paciente, que também acompanhou o primeiro interrogatório de Catimba, referiu que os associados estão solidários com o seu vice-presidente e desejou que a justiça seja feita a seu favor.

“Acompanhamos a audição e vamos fazer fé que se faça justiça, o que queremos é ver o nosso colega estar em liberdade, são os advogados que dominam o processo e estamos aqui para acompanhar e mostrar a nossa solidariedade ao nosso irmão”, disse.

“Vamos confiar nas instituições e os taxistas e sociedade devem aguardar serenamente e esperamos que ele saia em liberdade”, concluiu.

A detenção de Rodrigo Catimba ocorreu após três dias de protestos e tumultos em várias províncias angolanas, na sequência da paralisação dos serviços de táxis convocada pela ANATA para os dias 28, 29 e 30 de julho.

O último balanço da Polícia Nacional apontava para 30 mortos, 277 feridos e mais de 1.500 detenções em sete províncias, incluindo Luanda, Benguela, Huíla, Huambo, Malanje, Bengo e Lunda Norte.

- --