Número de angolanos com registo de nascimento cresce de 53,5% para 63% em dez anos

Post by: 20 November, 2025

O número de angolanos com registo de nascimento aumentou em dez anos quase dez pontos percentuais, passando de 53,5% para 63%, entre 2014 e 2024, adianta o Recenseamento Geral da População e Habitação.

Os dados divulgados hoje em Luanda dão conta que 23 milhões de angolanos têm registo de nascimento, contra os 13,7 milhões em 2014. À semelhança de 2014, os registos de nascimento, em 2024, foram feitos maioritariamente nas zonas urbanas (17,4 milhões), três vezes superior à área rural (5,6 milhões).

Em 2014, tinham registo de nascimento 24,8% de crianças entre os 0 e os 4 anos, passando para 39,2% no censo de 2024. Os dados a nível provincial indicam que o Bié apresenta a percentagem mais baixa da população com registo de nascimento (19,7%), enquanto Cabinda regista a percentagem mais elevada (58,3%).

No que se refere aos bilhetes de identidade, os dados de 2024 indicam que dos 36,6 milhões de angolanos do total da população, 16,4 milhões, com 5 anos ou mais, têm este documento, dos quais 13,2 milhões estão nas zonas urbanas e 3,2 milhões nas zonas rurais. O relatório do censo demonstra que 30% da população no grupo etário entre 5 e 14 anos possui bilhete de identidade, aumentando a proporção para 55% entre os indivíduos dos 15 a 24 anos, atingindo 66% entre aqueles com 25 anos ou mais. “Estes resultados evidenciam uma tendência de crescimento progressivo na posse do documento de identificação com o aumento da idade”, sublinha-se no documento. As províncias de Luanda (5,4 milhões) e Benguela (1,014 milhões) são as regiões com maior número de angolanos com bilhete de identidade, sendo o Cuando (59.108) a província com a menor quantidade de pessoas com um documento de identificação. Em outubro, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Marcy Lopes, admitiu que a atribuição de Bilhete de Identidade é “ainda motivo de preocupação”, salientando que apenas 16 milhões de angolanos têm este documento. Marcy Lopes adiantou, na altura, que está em curso um programa de universalização deste documento, prevendo-se que possa ser emitido localmente em postos móveis para facilitar o acesso, bem como reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade do serviço público prestado aos cidadãos, assinalando as melhorias quanto ao registo de nascimento com a concretização de postos em quase todas as unidades de serviços materno-infantis.

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