Porta-voz da CNE, Júlia Ferreira (arquivo) (Foto: Alberto Julião)O apuramento provincial dos resultados das assembleias de votos municipais foi aprovado hoje, domingo, pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), na sua 22ª sessão plenária realizada na sua sede em Luanda.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE), garantiu esta quinta-feira, que no passado dia 09, a delegação municipal de Catabola, na província do Bié, informou que houve um extravio de 39 blocos de 100 boletins de voto cada, totalizando 3.900 boletins.
O cabeça-de-lista da CASA-CE às eleições gerais angolanas de quarta-feira apelou hoje aos angolanos para que deixem para trás "42 anos de sofrimento e de má governação", confiando num governo de mudança "sensível para com os cidadãos".
Na próxima quarta-feira, 23 de Agosto, os angolanos escolhem o homem que vai suceder a José Eduardo dos Santos, que durante 38 anos governou o país, acumulando mais e mais poder para si e mais e mais riqueza para a sua família. Mas quem quer que seja o novo Presidente, vai encontrar uma economia muito fragilizada pela brutal quebra dos preços do petróleo desde 2014 e com as reservas em divisas a reduzirem-se drasticamente. Um acordo com o FMI e com os credores internacionais e um forte programa de ajustamento da economia angolana vão mesmo ter de acontecer. A desvalorização do kwanza, cortes na Função Pública e aumentos de impostos são inevitáveis, o que provocará forte instabilidade política e social. Angola não vai viver tempos tranquilos após as eleições
A venda ambulante de café nas ruas Luanda, logo às primeiras horas de manhã, tornou-se numa forma de vida para muitos jovens angolanos, que chegam a levar para casa 45 euros por semana, mesmo que sonhando com novas oportunidades.
Quatro partidos da oposição angolana apelaram hoje à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), numa posição concertada, para encontrar uma solução, até domingo, para alegados problemas que ameaçam a transparência das eleições gerais de 23 de agosto.
O cabeça-de-lista do MPLA às eleições angolanas de quarta-feira, João Lourenço, afirma que a presença do presidente do partido na campanha eleitoral, no comício deste sábado, mostra que o "capitão" José Eduardo dos Santos nunca esteve ausente.
Foram poucos minutos e não ficou para o discurso do candidato oficial do MPLA, mas o ainda Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos apareceu hoje finalmente ao lado de João Lourenço na campanha eleitoral angolana, cuja votação decorre a 23 de agosto.
A 23 de agosto, Angola vai a eleições. Depois de mais de três décadas sob o comando de José Eduardo dos Santos, que economia vai encontrar o seu sucessor? Um país com um crescimento fraco, níveis de inflação elevadíssimos, uma dependência excessiva do petróleo e onde ainda é muito difícil fazer negócio.
A Comissão Nacional Eleitoral angolana já credenciou 1.200 observadores nacionais e 200 internacionais para as eleições gerais de quarta-feira, anunciou hoje em Luanda a porta-voz daquela entidade.
Acreditar na justiça social em Angola é o mesmo que acreditar no “conto de fadas” sobre a Isabelinha, que começou a vida a vender ovos e hoje é a mulher mais rica de África.
Por José Milhazes
Após 38 anos como chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos vai ter direito, quando deixar o cargo, a imunidade, residência oficial e uma subvenção mensal vitalícia de 80% do salário base do Presidente da República.