O discurso que proferiu, de improviso :
《 De Cabinda ao Cunene, Um só Povo!
Uma só Nação!
Viva o MPLA!
Viva o Dr. António Agostinho Neto!
Viva a Paz!
Viva o Arquitecto da Paz, o Presidente José Eduardo dos santos!
Caros Camaradas,
povo do Cunene,
Povo angolano
O Povo angolano está a comemorar o vigéssimo aniversário da Paz. Esta festa é a festa do 4 de Abril; é a festa do Povo. É a festa do povo angolano que há 20 anos deixou de sentir os horrores da guerra e passou a beneficiar dos benefícios da Paz.
Aqueles políticos que estão verdadeiramente comprometidos com a Paz juntaram-se a essa festa do Povo. Cancelaram todas as suas agendas internas e externas para que pudessem, ao lado do seu povo, comemorar conjuntamente este grande bem, que não sei se é o segundo maior depois da Independência ou se vamos colocá-los ao mesmo nível, em pé de igualdade.
Os políticos sérios, que valorizam a Paz, juntaram-se às comemorações do 4 de Abril, juntaram-se ao Povo, congelaram todas as agendas que tinham para passar o sinal certo de que a Paz deve ser defendia, a Paz está em primeiro lugar, quaisquer outras agendas são secundárias; primária é a defesa da Paz.
O país, durante esses 20 anos, fez muita coisa de bom para o Povo. As principais infra-estruturas, destruídas pela guerra, foram, em grande medida, reconstruídas. Mas o país não se limitou a reconstruir o que foi destruído. Os sucessivos Executivos, que existiram ao longo desses vinte anos, também construíram importantes infrae-struturas em praticamente todos os domínios para facilitar a vida dos cidadãos, para permitir que a nossa economia flua e, desta forma, resolvermos os problemas do Povo, como dizia o Dr. António Agostinho Neto.
E este trabalho de recuperação das infra-estruturas destruídas, esse trabalho de construção de novas infra-estruturas, só foi possível porque soubemos manter a Paz. Todos nós, políticos e não só. O Povo, sobretudo, foi a principal sentinela da Paz, não permitindo que algum aventureiro estragasse, destruísse este bem tão grande que se chama Paz.
Nós conseguimos nesses 20 anos ligar o país de Cabinda ao Cunene, tornar uma realidade a mobilidade das pessoas, não tendo necessidade mais de andar exclusivamente de avião. Hoje, usamos todo o tipo de meio de transporte para nos movermos de Cabinda ao Cunene. Portanto, melhor do que isso não podia ser. O que significa que já passaram 20 anos, mas que passem mais 200 anos, mais 400 anos...
Devemos continuar a preservar esta Paz, porque só em paz podemos continuar a desenvolver o nosso país e realizar os nossos sonhos.
Caros camaradas,
a camarada Primeira Secretária Provincial do Partido, a camarada Geraldina Didalelwa, disse aqui que, nesta praça, o então candidato João Lourenço, falou para as populações em 2017. Volvidos quase cinco anos, voltámos aqui também para fazer campanha. Já estivemos aqui em outras ocasiões, sobretudo na condição de Chefe de Estado, para ajudar a resolver os problemas do Povo nesta parcela do território.
Termina um mandato de cinco anos. Foi um mandato difícil. Foi um mandato em que tivemos grandes desafios por enfrentar. Felizmente, encontrámos energias. Quando digo que encontrámos não estou a dizer que eu encontrei. Não, encontrámos! Estou a falar no plural e muito bem. Todos nós juntos, governantes e governados, tivemos de encontrar sabedoria, de encontrar as melhores soluções para ultrapassarmos esses mesmos desafios. Foram desafios grandes. Para não dizer que dos cinco anos, pelo menos em dois deles o país esteve quase parado. Estou a me referir ao pior momento que vivemos aqui em Angola com a pandemia da COVID 19, com períodos de confinamento em que as pessoas não podiam sair de casa. Não podiam ir trabalhar. As pessoas estiveram quase paradas. Portanto, a vida estava quase parada mas mesmo assim conseguimos não deixar que a vida parasse efectivamente.
Trabalhámos ao rolantim, mas nunca deixámos de trabalhar. Só assim se compreende que projectos importantes que começaram, ou que foram sendo realizados nesse período de dois anos da COVID-19, estejam hoje a ser inaugurados e colocados ao serviço das populações. Estou a referir-me aos importantes investimentos que temos feito na área social.
Com muito sacrifício, nesta altura da COVID não deixámos de construir hospitais, de apetrechá-los devidamente; não deixámos de construir escolas, de apetrechá-las, fazendo com que deixe de haver crianças a estudar debaixo de árvores e sentadas numa lata de leite em pó, a fazer de assento, a fazer de carteira. Fizemos bastante, não obstante a Covid 19.
Mas foi também nesse período de quase cinco anos que fizemos uma viragem radical no que diz respeito à gestão da coisa pública. Eu não estou a dizer que hoje não haja gestores que mexem no erário. Não estaria a dizer a verdade se fizesse essa afirmação. Temos de assumir que ainda há gestores que mexem no erário.
Mas não com tanto descaramento, com tanta falta de medo como era no passado, porque hoje sabem que até podem fazer, mas se forem apanhados, não haverá impunidade. O grande mal do passado não era só haver corrupção, haver roubo... às vezes, quando a gente utiliza a expressão corrupção, acaba por ser uma palavra bonita. Como o acto em si não é bonito, temos de chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome. Corrupção é roubo!
Como dizia, o problema no passado não era só haver roubo, haver corrupção. Mais grave do que isso, era a impunidade. Ninguém fazia nada [contra a corrupção], o que acabava por encorajar os outros a fazerem o mesmo.
Neste mandato demos um passo importante na luta contra a corrupção. É evidente que não nos podemos ainda dar por satisfeitos com o que conseguimos.
Já recuperámos muitos recursos, mas não chega. Precisamos de recuperar mais, mas, sobretudo, precisamos criar mecanismos e criar a mentalidade nos nossos servidores públicos que o caminho certo não é o da corrupção. Quantas barragens de Cafu poderíamos construir com os dinheiros já recuperados da corrupção e aqueles não recuperados? Quantas barragens?
A barragem que inaugurámos ontem custou 137 milhões de dólares. Há pessoas que, sozinhas, roubaram cinco, seis vezes mais do que isso. Então, dava para fazer quantos Cafus?
Nós precisamos fazer aqui, no Cunene, quatro, cinco Cafus. Então já estavam feitos com o dinheiro roubado por uma só pessoa - uma só pessoa! - dava para fazer quatro, cinco Cafus.
É bom ou não é bom combatermos a corrupção?
Portanto, combater a corrupção é bom, e não só é bom como é necessário. É absolutamente necessário. Agora quem combate a corrupção não é o JLo. Somos todos nós. Temos que nos mentalizar que o polícia contra a corrupção somos todos nós. Cada um de nós é um polícia chamado pela Nação, convocado pela Nação, para combater a corrupção. Se nos mentalizarmos que é assim, então podemos dar-nos por felizes e dizer que o combate contra a corrupção está vencido.
Caros camaradas,
Neste mesmo curto espaço de tempo, e com a COVID pelo meio, este Executivo, apoiado pelo MPLA, conseguiu fazer algo que se impunha que é criar um bom ambiente de negócios para que os investidores privados, nacionais e estrangeiros, possam livremente exercer a sua actividade, produzindo bens, produzindo serviços, ganhar dinheiro , ficar ricos - porque ficar rico não é crime, o que é crime é roubar - e, sobretudo, dar emprego. E nós temos conseguido - não terminámos o trabalho, este é um trabalho contínuo -, mas é com satisfação que dizemos aqui ao povo do Cunene e ao povo angolano que temos conseguido, diga-se de passagem, com algumas dificuldades, temos conseguido criar este bom ambiente de negócio. Temos conseguido retirar o Estado de fazer negócio. O Estado não faz negócio, o Estado cria as condições para que os privados façam negócios.
O Estado só tem uma forma de ganhar: ir buscar os impostos que os privados pagam e deixá-los trabalhar à vontade, cumprir com o seu papel de produzir bens e serviços e de dar empregos aos nossos cidadãos, em particular, aos nossos jovens.
Nós temos conseguido, com a ajuda de todos vós, criar esse bom ambiente de negócios, já reconhecido internacionalmente, não só pelas organizações credoras internacionais, o FMI e o Banco Mundial, mas também pelas organizações que têm a responsabilidade de classificar as economias, o estado das economias do mundo, se as economias vão bem ou não vão bem, se estão bem ou não estão bem, se têm probabilidade de crescimento económico ou não. Essas agências têm essa responsabilidade e não são amigas de ninguém. Quando dizem que a economia A ou a economia B vai bem, não é porque são amigos desse país, não é porque foram corrompidos, porque eles não aceitam ser corrompidos. São imparciais, são sérios, fazem o seu trabalho e anunciam os resultados.
No quadro desta tarefa de criação de bom ambiente de negócio, nós estamos a conseguir também algo que já se impunha e começar de facto -porque é algo de que se falava bastante, só que não se fazia - a dar passos importantes na diversificação da nossa economia. A nossa economia começa a diversificar-se. A dependência da nossa economia das receitas do petróleo começa a reduzir-se gradualmente.
Há dias foi anunciado que a nossa economia cresceu 0,7 por cento no ano passado. Mas esse crescimento deveu-se, sobretudo, ao crescimento daquela parte da economia que não tem nada a ver com o petróleo, com o gás, nem com a Sonangol. Essa é parte da economia não petrolífera: agricultura, pescas, o pouco do turismo que temos, a indústria extractiva, hoje também já temos a indústria transformadora, as rochas ornamentais. Esta economia, com destaque para a agricultura, foi a principal responsável pelo crescimento global da economia angolana em 0,7 por cento no passado ano de 2021.
Portanto, camaradas, estamos no bom caminho. Tudo isso, que acabo de vos dizer significa que o Executivo, suportado pelo MPLA, está com boas políticas de defesa da economia e, consequentemente, de defesa do cidadão.
Não quero falar de detalhes, mas, no essencial, acabei por vos passar o estado em que o nosso país se encontra e de tudo quanto tem sido bem feito em benefício do nosso grande país, Angola.
Caros camaradas, o facto de estarmos no fim deste mandato significa dizer que estamos às portas de prestar contas ao Povo, porque afinal de contas o Povo é soberano.
Nós, como bons alunos, que consideramos que nos preparámos suficientemente para este exame, estamos tranquilos. Vamos enfrentar o exame, o júri, que é o Povo soberano, na certeza de que esse júri vai nos dar uma boa nota, uma nota positiva.
Todos nós sabemos que, quando se aproxima um exame, há aqueles alunos que ficam muito perturbados, muito inquietos, porque não se prepararam. Então, têm medo do júri, sabem que vão reprovar.
Ao longo do ano, quando deviam estar a estudar, faziam coisas feias, praticavam actos de banditismo e outras coisas e o professor não vai perguntar nada sobre banditismo. Essa matéria não existe!
Se quisermos transportar isso para a política, é a mesma coisa. É igualzinho. Os nossos adversários estão no grupo dos cábulas que não estudaram.
Em vez de se preocuparem em conceber um bom programa de governação, preocupar-se em disseminar o conteúdo deste mesmo programa para que os eleitores o conheçam e o defendam, o que eles estão a fazer é tudo errado.
O único programa de nação que eles têm é mobilizar alguns jovens radicais das cidades, dar-lhes meia dúzia de tostões para irem comprar uma cerveja, se calhar algo mais droga do que isso, para cometerem actos de vandalismo. Este é o programa de governação que, infelizmente, a nossa oposição tem.
Então, quem quer cativar o voto do povo destrói os bens do Povo? Os bens públicos são bens de quem? Quem é o dono? É o Povo. O Povo é o dono dos bens públicos. Então, o povo precisa dos autocarros para se movimentar e aquele que diz que vou ser governo destrói esse bem público do povo? Acham que isso é de alguém esperto? E qual é o contrário de esperto?
⁃ BURRO [responde a população].
Não fui eu que disse.
Eles querem combater o nosso grande MPLA. Há anos que estão a tentar. Treinam e treinam mais, e chegam no dia do jogo, perdem o jogo. Na cabeça deles, vencer o MPLA é destruir o MPLA. Mas destruir o MPLA como? Destruir as infra-estruturas do MPLA, queimar as sedes do MPLA, o mobiliário, partir as paredes.Eles acham que vão acabar com o MPLA assim? Acham mesmo que esse grande MPLA vai acabar só porque partiram quatro paredes de um comité local? Vão acabar assim com o MPLA? Eles não sabem que o MPLA não são paredes. O MPLA são as pessoas!
Os camaradas da organização do partido que me corrijam. Sou humano e também erro. Não sei precisar quantos milhões somos neste momento exactamente, mas não menos do que 3 milhões. Se eles deixarem de partir os comités dos partidos e decidirem eliminar fisicamente os militantes do MPLA, acham que é possível matar 3 milhões de pessoas? Não é possível. Então, deviam compreender que a violência não lhes leva a nada. Eles podem partir hoje um ou dois comités, amanhã vamos construir quatro.
Eles destruíram o comité do Partido de Talatona no dia 10 de Janeiro do corrente ano, vandalizaram o comité do Partido em Sanza Pombo mais recentemente. No lugar desses dois, hoje inaugurámos um que é dez vezes superior do que aqueles dois juntos. Portanto, se eles acham que o caminho certo é destruir os comités do MPLA, então podem destruir mais cem! Nós vamos construir mais mil.
Mas quando a gente diz que podem destruir mais cem, queremos dizer que o MPLA não vai retaliar. Não vamos pagar pela mesma moeda. Nós não somos iguais a eles. A nossa génese é diferente da deles. Mas isso que não seja interpretado como um sinal de fraqueza. Não é sinal de fraqueza. É sinal de civismo, de educação, de respeito não só pela vida do outro, como de respeito pelo património do outro.
Não vamos destruir o património alheio. Mas também não vamos dizer: bateu na face esquerda, vamos dar a face direita. Não! O que eles estão a fazer merece uma resposta. Qual resposta? A melhor chapada que podemos dar a eles é derrotá-los nas eleições. Mas derrotá-los de forma copiosa. A derrota deles não pode ser pequenina. Tem que ser uma derrota grande que vão levar anos a se levantar.
Aqui a província do Cunene já nos ensinou que o povo do Cunene não brinca. A história diz que este povo é um povo guerreiro, é um povo lutador, lutador no sentido mais amplo da palavra.
O povo do Cunene é daqueles que entra para o ringue com a vontade de vencer o adversário mas nunca está satisfeito com o simplesmente vencer. O povo do Cunene, quando entra para o ringue, é para vencer, não só vencer mas desferir um KO ao adversário.
Portanto, há várias formas de se ganhar no ringue, mas nada melhor que ganhar por KO, levar o adversário ao tapete; é isso que o povo do Cunene sabe fazer.
Eu trouxe os dezoito Primeiros-Secretários das províncias para o povo do Cunene lhes ensinar como é que se dá o KO.
Todo este trabalho que realizámos ao longo do mandato, todas as realizações que fizemos em prol do Povo angolano, deve ser interpretado como um pedido humilde que estamos a fazer ao povo angolano para nos ajudar a dar esse KO. E acreditamos que o Povo angolano não nos vai virar as costas. No dia do voto, vai segurar no nosso braço para darmos o KO aos nossos adversários.
Eles estão fragilizados, estão a dar sinais evidentes que estão fragilizados.
Quando alguém recorre a golpes baixos é porque está fragilizado. Essa mobilização dos jovens radicais para o vandalismo é um golpe baixo. A oposição está tão fragilizada que até fazem de uma simples comissão instaladora, que não está reconhecida, um partido político, e que age como tal, em desrespeito ao Estado. Agem como se se tratasse de um partido político.
Quando você vai à escola de condução fazer exame para ter a carta de condução e sai de lá reprovado, dizem: “volte daqui há uns tempos, prepare-se melhor para voltar a fazer o exame e nós te darmos a carta, que te vai habilitar a conduzir um carro”. Significa que você não pode conduzir carro nenhum na via pública até voltar e fazer um novo exame. É ou não é?
Mas o que estamos a ver é alguém a circular na via pública, um desencartado, porque não está reconhecido como tal, não tem carta de condução, não tem livrete, não tem título de propriedade e está a circular na via. O que é que se faz? A polícia não pode deixar esse carro circular, pode trazer desgraça.
Então, nós estamos num Estado democrático, não são eles que defendem a Democracia mais do que nós? Até dizem que trouxeram a Democracia...
Eles é que trouxeram a Democracia...
Então vocês que trouxeram a Democracia não respeitam a Democracia, agem como se a Democracia fosse anarquia. É preciso não confundir democracia com anarquia, não obstante terminar tudo em ia; não são a mesma coisa.
Então, em Agosto, vamos mandar também os desencartados de novo para a escola de condução, é ou não é? É a única forma de levá-los a respeitar a lei, a respeitar o Estado. Mas assim não vão longe, estão a dar todos os sinais de tanta debilidade que acredito que o KO não será difícil.
Caros camaradas, fui eu próprio que em Menongue dizia que não podemos ser triunfalistas, a ponto de dizer “já está!”. Eu aconselhei a abandonarmos esta expressão “já está!”. Não está nada! Nós vamos para o ringue para vencer, para vencer bem. Por muito bom lutador que você seja, precisa de se preparar. Então, nós temos que nos preparar convenientemente, temos que trabalhar, continuar a trabalhar, quer os militantes do MPLA que estão no Executivo, quer os militantes no geral, os nossos amigos, os nossos simpatizantes, os angolanos no geral que acreditam no nosso projecto de governação. Todos nós temos que nos preparar até ao último minuto, até aquele dia de reflexão, data em que podemos considerar fazer uma introspecção e dizer: “estamos preparados para a luta? Sim, estamos”. Então, vamos à luta para vencer.
Camaradas, nas últimas duas eleições - isso não é tabu nenhum-, nós somos os primeiros a reconhecer, porque só reconhecendo é que podemos corrigir, quando a gente não reconhece não está em condições de corrigir. Nas duas últimas eleições [2012, 2017], nas urnas, o nosso partido perdeu em cada uma delas cerca de dez por cento. Temos de inverter rapidamente esta tendência, e vai ser agora em Agosto. Não há tempo a esperar, tem que ser agora, em Agosto.
Perdemos dez por cento em 2012, dez por cento em 2017. Isto significa que temos que ganhar pelo menos 20 por cento, acima dos resultados que tivemos em 2017. Temos que acrescer mais 20 no mínimo, se pudermos pôr 25, 30, só assim é que podemos dizer que recuperámos.
Então, aqui no Cunene, só trago uma missão aos militantes do MPLA, amigos e simpatizantes. A nossa missão é, em Agosto, recuperarmos os 20 por cento perdidos nas últimas duas eleições. Aceitam ou não aceitam o desafio?
O desafio é grande, mas é possível, e acreditamos que esse Povo soberano vai ajudar-nos a alcançar essa proeza, de retomarmos, de reganharmos, os 20 por cento perdidos e, para isso, não precisamos de fazer muita coisa, temos que fazer aquilo que a camarada Didalelwa defendeu: temos que dar o salto da gazela. É um salto ousado, é mesmo essa a missão que a gente tem que ter. Vamos começar a treinar para ver se conseguimos saltar tanto quanto uma gazela. É preciso treino, senão vamos ficar lesionados.
Temos que nos preparar. Bom, ela disse-o noutro sentido. Disse que as mulheres fizeram um salto da gazela e agora estão taco a taco com os homens. Esse salto da gazela para dar mais dignidade à mulher angolana é um salto importante, mas vamos dar agora, todos juntos, homens, mulheres e jovens, o salto da gazela para termos pelo menos mais 20 por cento, acima daquilo que alcançámos em 2017.
Nós estamos esperançados que, sim, vamos conseguir, mas vamos conseguir não apenas porque queremos ganhar só por ganhar, por vaidade, não! Nós queremos ganhar para dar continuidade, não digo concluir, mas dar continuidade ao trabalho, o trabalho nunca se conclui, há sempre coisas por fazer.
Vamos ganhar para podermos dar continuidade ao grande trabalho que viemos realizando, para que nos próximos anos haja ainda mais hospitais, mais escolas, mais universidades, mais PIIM’s que levam as infra-estruturas para os municípios, para que haja mais Cafus, para que consigamos vencer o desafio da seca, não apenas aqui no Cunene mas em toda faixa sul do nosso país, no Cunene, na Huíla, no Namibe, no Cuando Cubango. Ali onde pudermos mobilizar recursos para salvar vidas humanas e de animais, vamos fazê-lo, não vamos ter preguiça.
Não vamos cruzar os braços, mas para que possamos fazer isso, precisamos de passar e com a nota máxima no exame de Agosto próximo. Muito obrigado povo do Cunene.
A missão está dada e vou resumir em duas palavras: vencer o adversário por KO, levá-lo ao tapete, dar o salto da gazela para recuperarmos os 20 por cento perdidos nas últimas duas eleições.
Muito obrigado