A polícia angolana dispersou hoje com gás lacrimogéneo a marcha de centenas de cidadãos que protestavam, em Luanda, contra o aumento do preço dos combustíveis e dos transportes coletivos, criticando as autoridades governamentais.
Ativistas angolanos acusaram hoje a polícia de intimidações e tentativa de abortar a conferência de imprensa em que reafirmaram a realização da marcha, sábado, contra a subida do preço do combustível e dos transportes, num itinerário “aceite” pelo Governo.
Ativistas angolanos anunciaram hoje a realização de uma manifestação contra a subida do preço do combustível e dos transportes coletivos no país, agendada para sábado em Luanda, convidando todos os cidadãos a contestarem a medida governamental.
O investigador Gerhard Seibert, do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE, considera, em entrevista à agência Lusa, que o risco de explosão social nalgumas das ex-colónias portuguesas em África é real e representa um "barril de pólvora".
Ativistas angolanos organizaram hoje uma manifestação em Genebra, Suíça, diante das Nações Unidas, para denunciar o que classificam como um regime ditatorial em Angola, mas a concentração em defesa dos direitos humanos contou com pouca adesão da diáspora.
Um grupo de ativistas anunciou hoje a realização de uma manifestação no sábado, em Luanda, para protestar contra o elevado custo de vida, a fome, pobreza, desemprego e exigir a construção de balneários público na capital angolana.
Em Angola “não existem detenções arbitrárias contra manifestantes” e “nenhum cidadão é punido ou detido por se manifestar”. A garantia foi dada pelo ministro da Justiça, Marcy Lopes, ouvido esta quinta-feira, 23 de Janeiro, no Grupo de Trabalho do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.
A Human Rights Watch (HRW) acusou hoje o Presidente angolano de assinar leis que não cumprem as normas internacionais de direitos humanos e que irão restringir severamente liberdades dos meios de comunicação social, de expressão e associação.
Dezasseis ativistas angolanos que foram hoje detidos pela polícia quando se preparavam para um protesto contra a lei dos crimes de vandalismo foram libertados, "sem nenhum esclarecimento", segundo o Bloco Democrático (partido da oposição angolana).
A polícia angolana travou hoje um protesto contra as leis de vandalismo e segurança social que acabou com a detenção de vários ativistas e intimidação de jornalistas, observou a Lusa no local.