"Só para termos uma pequena ideia desta indústria de embalamento o seu volume em termos de ganhos está em volta de 917 mil milhões de dólares (774 milhões de euros), portanto é uma indústria que Angola não pode ficar a par e com perspetivas de crescimento até 2024 na ordem de 1 milhão de dólares" afirmou hoje o economista.
Segundo o economista, que falava hoje em Luanda, na cerimónia de apresentação do decreto que estabelece novas regras de importação de produtos pré-embalados, a partir de 17 de junho próximo, a medida do executivo angolano contempla inúmeras vantagens.
Para Eliseu Vunge, um dos oradores convidado pelo Ministério da Indústria e Comércio angolano ao encontro, a iniciativa das autoridades angolanas vai concorrer para o desenvolvimento económico do país, incentivando a pequena indústria de embalamento.
O decreto executivo nº63/21 de 17 de março estabelece novas regras sobre a importação de produtos da cesta básica pré-embalados que passará a ser feita obrigatoriamente em "big bags" (embalagens de grandes dimensões) para a acomodação de produtos a granel.
O documento apresentado oficialmente hoje, em Luanda, aos operadores do setor, empresários, académicos e jornalistas, determina que a partir de 17 de junho próximo 15 produtos da cesta básica passarão a ser importados em grandes embalagens.
O recurso a big bags "passará a ser regra" para a importação de açúcar, arroz, farinha de trigo e de milho, feijão, leite em pó, óleo alimentar, ração animal, sal grosso e refinado, sêmola de trigo, carne de porco e de vaca, margarinas e sabão.
A poupança de divisas para o país, com esta medida, foi também assinalada pelo economista para quem medida "surge em bom momento" e "devem ser trilhados passos e trazer o incentivo aos nossos empresários já na indústria".
O decreto observa ainda que a Administração Geral Tributária, a Polícia Fiscal e a Autoridade Nacional de Inspeção Económica e Segurança Alimentar angolana são os órgãos encarregues na fiscalização do cumprimento das disposições contidas no decreto executivo.